{"title":"告诉我你学到了什么我会告诉你你能当什么样的老师葡萄牙历史教师的培训","authors":"Raquel Pereira Henriques, Cláudia Pinto Ribeiro","doi":"10.17398/2531-0968.13.02","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo parte do pressuposto de que é possível conhecer a formação de professores de História a partir da análise do que aprendem e do modo como aprendem, na sua formação inicial, no âmbito do Mestrado em Ensino de História no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário. Assim, a partir da análise dos programas das unidades curriculares da área da didática específica e dos documentos relativos ao processo de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos, procurámos traçar perfis e desenhar percursos de formação para a docência em todos os estabelecimentos de ensino superior que asseguram a profissionalização em História.
 A consulta de documentação diferenciada quanto à sua natureza permitiu a utilização de distintas metodologias. A análise dos programas das unidades curriculares recorreu à identificação de palavras-chave ou conceitos estruturantes que permitissem a definição de categorias que organizassem as principais conclusões. A leitura dos diversos relatórios que resultam do processo de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos admitiu uma abordagem diferente: optámos por analisar o processo individual de cada estabelecimento de ensino, desde o “grau zero” até ao momento da segunda acreditação.
 As principais conclusões apontam para a) a preocupação em formar professores de história flexíveis, capazes de se adaptarem às necessidades atuais e futuras, comprometidos com a construção do conhecimento e com a articulação da investigação com a prática; b) a necessidade de investimento, por parte das instituições universitárias, na contratação de pessoal docente especializado; c) a importância de se diluir a subjetividade que decorre da constituição de equipas diferentes na avaliação dos ciclos de estudos, através da discussão prévia dos contextos e das medidas a aplicar, antes da divulgação do relatório preliminar da Comissão de Avaliação Externa.","PeriodicalId":0,"journal":{"name":"","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Diz-me o que aprendes, dir-te-ei que professor podes ser... a formação dos professores de História em Portugal\",\"authors\":\"Raquel Pereira Henriques, Cláudia Pinto Ribeiro\",\"doi\":\"10.17398/2531-0968.13.02\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo parte do pressuposto de que é possível conhecer a formação de professores de História a partir da análise do que aprendem e do modo como aprendem, na sua formação inicial, no âmbito do Mestrado em Ensino de História no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário. Assim, a partir da análise dos programas das unidades curriculares da área da didática específica e dos documentos relativos ao processo de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos, procurámos traçar perfis e desenhar percursos de formação para a docência em todos os estabelecimentos de ensino superior que asseguram a profissionalização em História.
 A consulta de documentação diferenciada quanto à sua natureza permitiu a utilização de distintas metodologias. A análise dos programas das unidades curriculares recorreu à identificação de palavras-chave ou conceitos estruturantes que permitissem a definição de categorias que organizassem as principais conclusões. A leitura dos diversos relatórios que resultam do processo de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos admitiu uma abordagem diferente: optámos por analisar o processo individual de cada estabelecimento de ensino, desde o “grau zero” até ao momento da segunda acreditação.
 As principais conclusões apontam para a) a preocupação em formar professores de história flexíveis, capazes de se adaptarem às necessidades atuais e futuras, comprometidos com a construção do conhecimento e com a articulação da investigação com a prática; b) a necessidade de investimento, por parte das instituições universitárias, na contratação de pessoal docente especializado; c) a importância de se diluir a subjetividade que decorre da constituição de equipas diferentes na avaliação dos ciclos de estudos, através da discussão prévia dos contextos e das medidas a aplicar, antes da divulgação do relatório preliminar da Comissão de Avaliação Externa.\",\"PeriodicalId\":0,\"journal\":{\"name\":\"\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0,\"publicationDate\":\"2023-09-28\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.17398/2531-0968.13.02\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17398/2531-0968.13.02","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Diz-me o que aprendes, dir-te-ei que professor podes ser... a formação dos professores de História em Portugal
Este artigo parte do pressuposto de que é possível conhecer a formação de professores de História a partir da análise do que aprendem e do modo como aprendem, na sua formação inicial, no âmbito do Mestrado em Ensino de História no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário. Assim, a partir da análise dos programas das unidades curriculares da área da didática específica e dos documentos relativos ao processo de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos, procurámos traçar perfis e desenhar percursos de formação para a docência em todos os estabelecimentos de ensino superior que asseguram a profissionalização em História.
A consulta de documentação diferenciada quanto à sua natureza permitiu a utilização de distintas metodologias. A análise dos programas das unidades curriculares recorreu à identificação de palavras-chave ou conceitos estruturantes que permitissem a definição de categorias que organizassem as principais conclusões. A leitura dos diversos relatórios que resultam do processo de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos admitiu uma abordagem diferente: optámos por analisar o processo individual de cada estabelecimento de ensino, desde o “grau zero” até ao momento da segunda acreditação.
As principais conclusões apontam para a) a preocupação em formar professores de história flexíveis, capazes de se adaptarem às necessidades atuais e futuras, comprometidos com a construção do conhecimento e com a articulação da investigação com a prática; b) a necessidade de investimento, por parte das instituições universitárias, na contratação de pessoal docente especializado; c) a importância de se diluir a subjetividade que decorre da constituição de equipas diferentes na avaliação dos ciclos de estudos, através da discussão prévia dos contextos e das medidas a aplicar, antes da divulgação do relatório preliminar da Comissão de Avaliação Externa.