{"title":"在图像和路障之间:","authors":"Leandro Rodrigues Lage","doi":"10.29146/eco-ps.v26i2.28130","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo discute como determinadas imagens expressam e articulam, poética e esteticamente, gestos de revolta e emoções indignadas, revelando, assim, uma dimensão política que lhes é intrínseca. A questão de fundo, extraída dos trabalhos mais recentes de G. Didi-Huberman, é compreender como as imagens são capazes de dar forma visível ao páthos da indignação. O ponto de partida do trabalho são duas fotografias produzidas em 2015 e 2018, em frente a um complexo de casas prisionais na Região Metropolitana de Belém (PA), nas quais mulheres montam barricadas em protestos por respeito aos direitos dos detentos e contra a violência policial dentro dos presídios. As imagens são, ao final, reconhecidas em sua capacidade de expressar visualmente a potência dos afetos da revolta: a indignação, a esperança, a solidariedade e a obstinação de sujeitos que lutam por si e por aqueles que amam.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"63 5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Entre imagens e barricadas:\",\"authors\":\"Leandro Rodrigues Lage\",\"doi\":\"10.29146/eco-ps.v26i2.28130\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O artigo discute como determinadas imagens expressam e articulam, poética e esteticamente, gestos de revolta e emoções indignadas, revelando, assim, uma dimensão política que lhes é intrínseca. A questão de fundo, extraída dos trabalhos mais recentes de G. Didi-Huberman, é compreender como as imagens são capazes de dar forma visível ao páthos da indignação. O ponto de partida do trabalho são duas fotografias produzidas em 2015 e 2018, em frente a um complexo de casas prisionais na Região Metropolitana de Belém (PA), nas quais mulheres montam barricadas em protestos por respeito aos direitos dos detentos e contra a violência policial dentro dos presídios. As imagens são, ao final, reconhecidas em sua capacidade de expressar visualmente a potência dos afetos da revolta: a indignação, a esperança, a solidariedade e a obstinação de sujeitos que lutam por si e por aqueles que amam.\",\"PeriodicalId\":286404,\"journal\":{\"name\":\"Revista ECO-Pós\",\"volume\":\"63 5\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-11-08\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista ECO-Pós\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.28130\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista ECO-Pós","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.28130","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O artigo discute como determinadas imagens expressam e articulam, poética e esteticamente, gestos de revolta e emoções indignadas, revelando, assim, uma dimensão política que lhes é intrínseca. A questão de fundo, extraída dos trabalhos mais recentes de G. Didi-Huberman, é compreender como as imagens são capazes de dar forma visível ao páthos da indignação. O ponto de partida do trabalho são duas fotografias produzidas em 2015 e 2018, em frente a um complexo de casas prisionais na Região Metropolitana de Belém (PA), nas quais mulheres montam barricadas em protestos por respeito aos direitos dos detentos e contra a violência policial dentro dos presídios. As imagens são, ao final, reconhecidas em sua capacidade de expressar visualmente a potência dos afetos da revolta: a indignação, a esperança, a solidariedade e a obstinação de sujeitos que lutam por si e por aqueles que amam.