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Corpo, memória e fabulação anticolonial nas colagens visuais de Gê Viana
O artigo discute, apoiado nas noções de ficção especulativa em Jota Mombaça e de fabulação crítica de Saidiya Hartman, o papel que as fotomontagens da artista Gê Viana têm na elaboração de uma crítica anticolonial aos processos de violência contra corpos dissidentes de raça e de gênero e culturas dos povos originários no Brasil. Observando como a artista interfere e adultera imagens de arquivo, a hipótese do texto é que por meio desses procedimentos suas imagens vão constituir um dispositivo fabulador capaz de construir ficções visuais que especulam memórias de futuro e conjuram o trauma colonial. Por meio da análise de alguns de seus principais trabalhos, conclui-se que as fotomontagens da artista reprocessam a memória colonial e as representações de corpos dissidentes, reposicionando-as para além do trauma.