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O cálculo da taxa de cobertura vacinal acumulada foi feito dividindo o número de doses aplicadas pelo total estimado da população na faixa etária selecionada, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: Em 2014, a cobertura vacinal para a primeira dose foi adequada, mas houve baixa adesão para a segunda dose. Nos anos seguintes, 2015 e 2016, houve redução expressiva na cobertura vacinal para ambas as doses. A Região Norte apresentou a menor cobertura, enquanto a Região Sudeste teve a maior cobertura até 2017. A Região Sul teve discreta melhoria nas taxas. A cobertura vacinal variou nos anos seguintes, mas perma-neceu abaixo de 80%, considerada adequada de acordo com o Plano Nacional de Imunizações, até o ano de 2022. A baixa adesão à vacinação é explicada por vários fatores, incluindo recusa. Conclusão: A cobertura vacinal da primeira dose da vacina contra o HPV no Brasil foi considerada adequada somente no ano de 2014, quando houve implantação efetiva de políticas públicas direcio-nadas a escolas e Unidades Básicas de Saúde. 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Análise da cobertura vacinal contra HPV no Brasil: uma revisão sistemática
Introdução: O papilomavírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) comum que afeta tanto homens quanto mulheres. Estima-se que mais de 300 milhões de mulheres sejam portadoras desse vírus, que pode ter diferentes riscos oncogênicos para o câncer do colo do útero. O objetivo desta pesquisa foi analisar a cobertura vacinal contra o HPV em adolescentes dos sexos feminino e masculino nas diferentes regiões do Brasil, utilizando--se os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Métodos: Esta pesquisa é uma revisão sistemática com uma abor-dagem quantitativa e qualitativa. Realizou-se análise temporal retrospectiva e transversal utilizando-se dados do DATASUS. Coletaram-se informações sobre as doses da vacina contra o HPV aplicadas em adolescentes no período de 2014 a 2022. O cálculo da taxa de cobertura vacinal acumulada foi feito dividindo o número de doses aplicadas pelo total estimado da população na faixa etária selecionada, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: Em 2014, a cobertura vacinal para a primeira dose foi adequada, mas houve baixa adesão para a segunda dose. Nos anos seguintes, 2015 e 2016, houve redução expressiva na cobertura vacinal para ambas as doses. A Região Norte apresentou a menor cobertura, enquanto a Região Sudeste teve a maior cobertura até 2017. A Região Sul teve discreta melhoria nas taxas. A cobertura vacinal variou nos anos seguintes, mas perma-neceu abaixo de 80%, considerada adequada de acordo com o Plano Nacional de Imunizações, até o ano de 2022. A baixa adesão à vacinação é explicada por vários fatores, incluindo recusa. Conclusão: A cobertura vacinal da primeira dose da vacina contra o HPV no Brasil foi considerada adequada somente no ano de 2014, quando houve implantação efetiva de políticas públicas direcio-nadas a escolas e Unidades Básicas de Saúde. No entanto, nos anos seguintes, houve queda na cobertura vacinal contra o HPV e aumento no número de casos de câncer do colo do útero.