Isabela Maciel Pellerin, Paula Cristina da Silva Jordão, Stella Leony Bueno, Juliana Selbach Licks, Paula Vieira Villar, Luisa de Almeida Lopes, Debora Carreira Mofato, Amandha Mello de Souza
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A partir do estudo da presente revisão bibliográfica, será possível identificar aspectos fisiopatológicos distintos dessas doenças, além do diagnóstico diferencial.Métodos: Realizaram-se análises de bases de dados nacionais e estrangeiras no período de 2009 a 2023, a partir de relatos de casos e estudos científi-cos nas plataformas de acesso restrito e aberto, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), The Research, Society and Development Journal, Brazilian Journal of Health Review, Fetal and Pediatric Pathology, Science Direct e SAGE Journals, contendo palavras-chave como Fetus-in-fetu, tera-toma e gêmeo parasita. Seleção de estudos: Realizou-se o levantamento de informações provenientes de 6 artigos, incluindo relato de caso, após deta-lhada seleção dentre 8 artigos, em que os critérios de inclusão foram a data de publicação a partir do ano de 2007 e a relevância com o tema. Coleta de dados: Trata-se de uma revisão sistematizada com metodologia de pesquisa bibliográfica, com dados qualitativos acerca da diferenciação das anormali-dades apresentadas. Resultados: FIF é uma condição rara na qual um feto vertebrado malformado evidenciará a integração de uma ínfima massa celular dentro de um embrião gemelar em maturação. Essa má-formação ocorre durante a divisão desigual da massa celular interna totipotente do blastocisto em desenvolvimento, cursando com organogênese e ausência de geminação diamniótica, monocoriônica e monozigótica. Análises refe-rem que o FIF representa um espectro de teratoma maligno, diferenciando--se pela presença ou não de esqueleto axial. Assim, a conformação de uma coluna vertebral separada sugere que o feto passou pelo primeiro estágio de gastrulação, com formação do tubo neural, metamerização e desdobra-mento simétrico em torno desse eixo. Outros autores distinguem a FIF do teratoma porque o FIF ocorre geralmente no abdome superior, enquanto o teratoma ocorre no abdome inferior. Além disso, o FIF é, em sua maioria, benigno. Porém, a distinção entre um teratoma e uma anormalidade gemelar é de alta complexidade, exigindo a presença de critérios clínicos, patológi-cos e exames de imagem, como ultrassonografia no pré-natal e radiografia de abdome total do feto acometido. Conclusão: Portanto, essa condição rara necessita ser diagnosticada e diferenciada do teratoma o quanto antes, com a intenção de impedir a progressão de células malignas ou prosseguir com a excisão cirúrgica completa do FIF. Nos exames de imagem, achados como a presença de coluna vertebral devem ser investigados para um diag-nóstico mais eficaz. Além disso, também podem ser detectadas numerosas calcificações, existência de membros e órgãos, e sombra amorfa de densi-dade de partes moles. 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