{"title":"腹部异位妊娠:病例报告","authors":"Ravine Sales Nunes, Marcella Gonçalves Moreira","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1072","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A gravidez abdominal é um tipo raro de gestação ectópica em que o embrião se implanta na cavidade peritoneal, fora da cavidade uterina e das trompas de falópio, com uma incidência de 1 em cada 10.000 gestações. Quando essa forma de gestação progride até uma idade gestacional avançada, pode levar a desfechos maternos graves, como hemorragia, abdômen agudo e choque. Relato de caso: L.S.F., mulher, 35 anos, negra, chegou à emergência com quadro de dor abdominal progressiva há 4 meses, com intensidade aumentada nas últimas 5 horas, o que a impossibilitava de se movimentar. Foi realizada uma tomografia computadorizada de abdômen, que diagnosticou uma gestação ectópica abdominal com idade gestacional estimada em 26 semanas. A paciente foi transferida para outro serviço, onde foram realizados ultrassom e ressonância magnética, que evidenciaram o feto localizado entre as alças intestinais, junto ao mesentério, e a placenta aderida ao apêndice direito. Foi indicada uma laparotomia imediata. Após o diagnóstico e a explicação dos riscos envolvidos, a paciente optou por prosseguir com a gestação. Durante a internação, foram administradas 2 doses e 1 dose de resgate de corticoide (Betametasona) para promover a maturidade dos órgãos fetais e, consequentemente, tentar reduzir a morbimortalidade neonatal. Após 2 semanas, foi realizada a laparotomia com anexectomia direita devido à implantação placentária, sem complicações. O recém-nascido veio a óbito 1 dia após o nascimento na unidade de terapia intensiva devido a complicações respiratórias decorrentes da prematuridade. Comentários: Esse caso descreve um subtipo raro de gestação ectópica abdominal com idade gestacional avançada e alto risco de complicações pré e intraoperatórias materno-fetais devido ao atraso no diagnóstico. Isso ressalta a importância desse tipo de evento, uma vez que a incidência de gestações ectópicas tem aumentado nas últimas duas décadas devido ao aumento dos casos de doenças inflamatórias pélvicas. 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Introdução: A gravidez abdominal é um tipo raro de gestação ectópica em que o embrião se implanta na cavidade peritoneal, fora da cavidade uterina e das trompas de falópio, com uma incidência de 1 em cada 10.000 gestações. Quando essa forma de gestação progride até uma idade gestacional avançada, pode levar a desfechos maternos graves, como hemorragia, abdômen agudo e choque. Relato de caso: L.S.F., mulher, 35 anos, negra, chegou à emergência com quadro de dor abdominal progressiva há 4 meses, com intensidade aumentada nas últimas 5 horas, o que a impossibilitava de se movimentar. Foi realizada uma tomografia computadorizada de abdômen, que diagnosticou uma gestação ectópica abdominal com idade gestacional estimada em 26 semanas. A paciente foi transferida para outro serviço, onde foram realizados ultrassom e ressonância magnética, que evidenciaram o feto localizado entre as alças intestinais, junto ao mesentério, e a placenta aderida ao apêndice direito. Foi indicada uma laparotomia imediata. Após o diagnóstico e a explicação dos riscos envolvidos, a paciente optou por prosseguir com a gestação. Durante a internação, foram administradas 2 doses e 1 dose de resgate de corticoide (Betametasona) para promover a maturidade dos órgãos fetais e, consequentemente, tentar reduzir a morbimortalidade neonatal. Após 2 semanas, foi realizada a laparotomia com anexectomia direita devido à implantação placentária, sem complicações. O recém-nascido veio a óbito 1 dia após o nascimento na unidade de terapia intensiva devido a complicações respiratórias decorrentes da prematuridade. Comentários: Esse caso descreve um subtipo raro de gestação ectópica abdominal com idade gestacional avançada e alto risco de complicações pré e intraoperatórias materno-fetais devido ao atraso no diagnóstico. Isso ressalta a importância desse tipo de evento, uma vez que a incidência de gestações ectópicas tem aumentado nas últimas duas décadas devido ao aumento dos casos de doenças inflamatórias pélvicas. Considerando a raridade dos casos de gravidez abdominal e suas potenciais complicações materno-fetais, juntamente com os fatores de risco comuns, torna-se evidente a necessidade de discutir o diagnóstico precoce e o manejo terapêutico para evitar desfechos maternos desfavoráveis