{"title":"在Mariana bulhoes医院诊断为卵泡膜过早破裂的孕妇中沙眼衣原体的发病率","authors":"Liege Vidal Araujo, Nilson Gomes","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1078","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Chlamydia trachomatis infecta mais de 90% da população e devido a isso, infecções genitais não tratadas na gestação, principalmente as assintomáticas, podem acarretar complicações, tais como ruptura prematura de membranas ovulares, considerada uma das três maiores causas de morbidade e mortalidade perinatal associada à prematuridade. As infecções genitais não tratadas na gestação, principalmente as assintomáticas, podem acarretar complicações, tais como endometrite puerperal e a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis. A pesquisa científica tem como objetivo identificar a associação da ruptura prematura de membranas ovulares com a C. trachomatis por meio de teste rápido, utilizando-se como caminho metodológico a pesquisa quantitativa, descritiva, bibliográfica e laboratorial. A C. trachomatis é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo. E por ser, na maioria das vezes, assintomática, o não uso de preservativos facilita a sua propagação, implicando maior incidência de complicações materno-fetais. Os resultados da pesquisa concluem que C. trachomatis tem grande incidência entre gestantes com ruptura prematura de membranas ovulares, representando 60% do total de gestantes atendidas, ou seja, 12 pacientes, das 20 testadas. A porcentagem pode ser explicada pela ausência de exames específicos para diagnóstico de C. trachomatis nas Unidades Básicas do Município, visto que nenhuma das pacientes havia sido rastreada anteriormente, nunca haviam sido tratadas para esta infecção sexualmente transmissível (IST), contribuindo para a disseminação da doença e as complicações materno-fetais. Há necessidade de incorporação no município de um programa de rastreamento de clamídia para as populações-alvo. Correlacionou-se também que as altas taxas de infecção por C. trachomatis podem estar associadas à falta de conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis e suas formas de prevenção. Durante as consultas de pré-natal, os profissionais de saúde devem passar informações sobre medidas preventivas de infecções sexualmente transmissíveis e incentivar o uso de preservativo na gestação, porém de forma didática, certificando-se de que elas compreenderam. A fim de erradicar a C. trachomatis, deve-se realizar o diagnóstico e o tratamento corretos, divulgar medidas de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, além de atualizar os profissionais de saúde do município visando à melhoria na qualidade de pré-natal, com abordagem em prevenção e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. 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Incidência de Chlamydia trachomatis em gestantes diagnosticadas com ruptura prematura de membranas ovulares na Maternidade Mariana Bulhões
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Chlamydia trachomatis infecta mais de 90% da população e devido a isso, infecções genitais não tratadas na gestação, principalmente as assintomáticas, podem acarretar complicações, tais como ruptura prematura de membranas ovulares, considerada uma das três maiores causas de morbidade e mortalidade perinatal associada à prematuridade. As infecções genitais não tratadas na gestação, principalmente as assintomáticas, podem acarretar complicações, tais como endometrite puerperal e a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis. A pesquisa científica tem como objetivo identificar a associação da ruptura prematura de membranas ovulares com a C. trachomatis por meio de teste rápido, utilizando-se como caminho metodológico a pesquisa quantitativa, descritiva, bibliográfica e laboratorial. A C. trachomatis é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo. E por ser, na maioria das vezes, assintomática, o não uso de preservativos facilita a sua propagação, implicando maior incidência de complicações materno-fetais. Os resultados da pesquisa concluem que C. trachomatis tem grande incidência entre gestantes com ruptura prematura de membranas ovulares, representando 60% do total de gestantes atendidas, ou seja, 12 pacientes, das 20 testadas. A porcentagem pode ser explicada pela ausência de exames específicos para diagnóstico de C. trachomatis nas Unidades Básicas do Município, visto que nenhuma das pacientes havia sido rastreada anteriormente, nunca haviam sido tratadas para esta infecção sexualmente transmissível (IST), contribuindo para a disseminação da doença e as complicações materno-fetais. Há necessidade de incorporação no município de um programa de rastreamento de clamídia para as populações-alvo. Correlacionou-se também que as altas taxas de infecção por C. trachomatis podem estar associadas à falta de conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis e suas formas de prevenção. Durante as consultas de pré-natal, os profissionais de saúde devem passar informações sobre medidas preventivas de infecções sexualmente transmissíveis e incentivar o uso de preservativo na gestação, porém de forma didática, certificando-se de que elas compreenderam. A fim de erradicar a C. trachomatis, deve-se realizar o diagnóstico e o tratamento corretos, divulgar medidas de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, além de atualizar os profissionais de saúde do município visando à melhoria na qualidade de pré-natal, com abordagem em prevenção e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. Com profissionais preparados nos postos de saúde pública, é possível melhorar a qualidade de vida das mulheres.