Rodrigo Dias da Rocha, Fernando Maia Peixoto Filho, Renato Augusto Moreira Sá, Paulo Roberto Nassar de Carvalho, Roberta Ivanira Silva do Carmo
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Os testes do qui-quadrado foram utilizados para a análise das variáveis categóricas, considerando-se significativas as variáveis com p<0,05. Resultados: Durante um período de dez anos, foram analisados 129 casos, e todos os bebês nasceram vivos. De acordo com a classificação do Ministério da Saúde, identificaram-se 73,4% de casos de óbito neonatal precoce (até 6 dias completos de vida), 21,5% de casos de óbito neonatal tardio (de 7 a 27 dias completos de vida) e 5,1% de casos de óbito pós-neonatal (de 28 a 364 dias). A maioria dos recém-nascidos era do sexo masculino (77; 59,7%), e o tipo mais prevalente de HDC foi do lado esquerdo (106; 82,2%). Dentre os casos, 33 (25,6%) apresentaram outras malformações associadas. Dos casos de HDC nascidos por cesárea, 62% foram a óbito, enquanto 61% dos casos nascidos por parto vaginal foram a óbito. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa na mortalidade entre os dois grupos (p=0,964; IC 95% 0,43–2,12). Conclusão: A HDC é uma condição grave e com abordagem complexa no período perinatal. É importante reduzir os riscos associados a esse período da vida. 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Via de parto como fator de risco para mortalidade neonatal em recém-nascidos com hérnia diafragmática congênita
Objetivo: Comparar a mortalidade neonatal em relação à via de parto em crianças com hérnia diafragmática congênita (HDC) que receberam acompanhamento pré-natal e nasceram no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Método: Esta pesquisa foi uma coorte retrospectiva, e a população do estudo consistiu na análise de 129 recém-nascidos com diagnóstico de HDC. Foram analisados os fatores prognósticos, nos quais as variáveis pré-natais, durante o parto e pós-natais foram associadas ao óbito do recém-nascido. Calcularam-se a Odds Ratio e o intervalo de confiança de 95% (IC95%) para todas as variáveis estudadas. Os testes do qui-quadrado foram utilizados para a análise das variáveis categóricas, considerando-se significativas as variáveis com p<0,05. Resultados: Durante um período de dez anos, foram analisados 129 casos, e todos os bebês nasceram vivos. De acordo com a classificação do Ministério da Saúde, identificaram-se 73,4% de casos de óbito neonatal precoce (até 6 dias completos de vida), 21,5% de casos de óbito neonatal tardio (de 7 a 27 dias completos de vida) e 5,1% de casos de óbito pós-neonatal (de 28 a 364 dias). A maioria dos recém-nascidos era do sexo masculino (77; 59,7%), e o tipo mais prevalente de HDC foi do lado esquerdo (106; 82,2%). Dentre os casos, 33 (25,6%) apresentaram outras malformações associadas. Dos casos de HDC nascidos por cesárea, 62% foram a óbito, enquanto 61% dos casos nascidos por parto vaginal foram a óbito. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa na mortalidade entre os dois grupos (p=0,964; IC 95% 0,43–2,12). Conclusão: A HDC é uma condição grave e com abordagem complexa no período perinatal. É importante reduzir os riscos associados a esse período da vida. No que se refere à mortalidade perinatal, não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre nascer por parto normal ou cesárea.