Adriane Cristina Vieira do Santos, Felipe Luan Lima da Silva, João Ferreira da Silva, Leoneide Érica Maduro Bouillet, Marcos Manoel Honorato
{"title":"缺血性中风患者高甘油三酯血症与颈动脉狭窄的相关性","authors":"Adriane Cristina Vieira do Santos, Felipe Luan Lima da Silva, João Ferreira da Silva, Leoneide Érica Maduro Bouillet, Marcos Manoel Honorato","doi":"10.9771/cmbio.v22i2.53321","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: a doença cerebrovascular tem etiologia multifatorial, dependendo de predisposição genética e elementos ambientais relacionados à dieta e ao estilo de vida. Assim como a hipertensão arterial e o diabetes, a dislipidemia também é considerada um fator de risco importante. O controle da hipercolesterolemia há algum tempo é alvo do tratamento e da prevenção da aterosclerose, inclusive da estenose carotídea e consequentemente de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). Por outro lado, há poucos estudos associando a hipertrigliceridemia com o grau de doença carotídea. Objetivo: fazer a correlação entre hipertrigliceridemia e estenose carotídea em pacientes com AVCi. Metodologia: estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa-descritiva. Analisou-se prontuários de 100 pacientes com diagnóstico de AVCi, além de dados sociodemográficos, fatores de risco, sinais e sintomas clínicos, assim como exames complementares. Considerou-se estenose crítica da carótida aquela igual ou maior que 70% e hipertrigliceridemia se valores maiores que 150 mg/dl. Resultado: a média de idade dos pacientes foi de 69,6 anos. A maioria era do sexo feminino (54%), predominava déficit motor (79%) e de linguagem (63%). O fator de risco mais encontrado foi hipertensão arterial sistêmica (79%). Observou-se que 38% tinham hipercolesterolemia e 35% tinham hipertrigliceridemia. Estenose crítica de carótida esteve presente em 9,21% e todos desse subgrupo apresentavam hipertrigliceridemia (p=0,008 e odds-ratio=3,7). Conclusão: existe uma associação positiva entre hipertrigliceridemia, estenose de carótida e acidente vascular encefálico.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"167 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Correlação entre hipertrigliceridemia e estenose carotídea em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico\",\"authors\":\"Adriane Cristina Vieira do Santos, Felipe Luan Lima da Silva, João Ferreira da Silva, Leoneide Érica Maduro Bouillet, Marcos Manoel Honorato\",\"doi\":\"10.9771/cmbio.v22i2.53321\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: a doença cerebrovascular tem etiologia multifatorial, dependendo de predisposição genética e elementos ambientais relacionados à dieta e ao estilo de vida. Assim como a hipertensão arterial e o diabetes, a dislipidemia também é considerada um fator de risco importante. O controle da hipercolesterolemia há algum tempo é alvo do tratamento e da prevenção da aterosclerose, inclusive da estenose carotídea e consequentemente de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). Por outro lado, há poucos estudos associando a hipertrigliceridemia com o grau de doença carotídea. Objetivo: fazer a correlação entre hipertrigliceridemia e estenose carotídea em pacientes com AVCi. Metodologia: estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa-descritiva. Analisou-se prontuários de 100 pacientes com diagnóstico de AVCi, além de dados sociodemográficos, fatores de risco, sinais e sintomas clínicos, assim como exames complementares. Considerou-se estenose crítica da carótida aquela igual ou maior que 70% e hipertrigliceridemia se valores maiores que 150 mg/dl. Resultado: a média de idade dos pacientes foi de 69,6 anos. A maioria era do sexo feminino (54%), predominava déficit motor (79%) e de linguagem (63%). O fator de risco mais encontrado foi hipertensão arterial sistêmica (79%). Observou-se que 38% tinham hipercolesterolemia e 35% tinham hipertrigliceridemia. Estenose crítica de carótida esteve presente em 9,21% e todos desse subgrupo apresentavam hipertrigliceridemia (p=0,008 e odds-ratio=3,7). Conclusão: existe uma associação positiva entre hipertrigliceridemia, estenose de carótida e acidente vascular encefálico.\",\"PeriodicalId\":21339,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Ciências Médicas e Biológicas\",\"volume\":\"167 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-09-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Ciências Médicas e Biológicas\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i2.53321\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i2.53321","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Correlação entre hipertrigliceridemia e estenose carotídea em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico
Introdução: a doença cerebrovascular tem etiologia multifatorial, dependendo de predisposição genética e elementos ambientais relacionados à dieta e ao estilo de vida. Assim como a hipertensão arterial e o diabetes, a dislipidemia também é considerada um fator de risco importante. O controle da hipercolesterolemia há algum tempo é alvo do tratamento e da prevenção da aterosclerose, inclusive da estenose carotídea e consequentemente de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). Por outro lado, há poucos estudos associando a hipertrigliceridemia com o grau de doença carotídea. Objetivo: fazer a correlação entre hipertrigliceridemia e estenose carotídea em pacientes com AVCi. Metodologia: estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa-descritiva. Analisou-se prontuários de 100 pacientes com diagnóstico de AVCi, além de dados sociodemográficos, fatores de risco, sinais e sintomas clínicos, assim como exames complementares. Considerou-se estenose crítica da carótida aquela igual ou maior que 70% e hipertrigliceridemia se valores maiores que 150 mg/dl. Resultado: a média de idade dos pacientes foi de 69,6 anos. A maioria era do sexo feminino (54%), predominava déficit motor (79%) e de linguagem (63%). O fator de risco mais encontrado foi hipertensão arterial sistêmica (79%). Observou-se que 38% tinham hipercolesterolemia e 35% tinham hipertrigliceridemia. Estenose crítica de carótida esteve presente em 9,21% e todos desse subgrupo apresentavam hipertrigliceridemia (p=0,008 e odds-ratio=3,7). Conclusão: existe uma associação positiva entre hipertrigliceridemia, estenose de carótida e acidente vascular encefálico.