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Os sentidos utópicos no antropoceno: comunidades e micropolíticas de resistência
Este texto analisa atualizações do sentido de utopia no contexto do Antropoceno com base nas reflexões sobre micropolíticas de resistência propostas por Félix Guattari. O objetivo é lançar luz às diferenças entre as utopias contemporâneas e modernas, anteriores à crise das utopias do fim do século XX, caracterizadas pela busca por mudanças na base estrutural socioeconômica e no sistema político. Compreende-se utopia como uma micropolítica de resistência que cria modos de ser e de estar no mundo, como desejo de produzir a vida e de resistência às formas de dominação e à captura dos processos de subjetivação, sem projetar a construção de um mundo ideal, mas de acompanhar como emergem, junto aos sujeitos, novos campos e a criação de outros mundos possíveis. Nesse sentido, propõe-se a noção de utopia heurística, capaz de incidir sobre a educação do desejo, ensejando práticas sociais que propiciem experienciar e aprender sobre as possibilidades de vivências alternativas e futuros sustentáveis.