LV/HIV合并感染的联合治疗

Igor Thiago Queiroz, Aurélia Lorena Toscano de Medeiros Borges de Méllo, Kattyucia Cruz Meireles Silva, Gabriella Dantas Ribas, Maria Eduarda Benevides Leite de Castro
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A OMS propõe terapia combinada para o tratamento de coinfectados LV-HIV no velho mundo, o que ainda não é endossado pelo Ministério da Saúde do Brasil, colocando essas populações em grande risco de morte. Apresentamos uma série de casos de coinfectados LV-HIV tratados com terapia combinada e propomos mudanças nas recomendações oficiais para essa população. Um estudo de coorte retrospectivo analisando prontuários de um centro de tratamento de doenças infecciosas em Natal/RN, Brasil, foi desenvolvido para mostrar a experiência local com terapia combinada para coinfecção LV-HIV que evolui sem recidivas durante o acompanhamento, mesmo sem profilaxia secundária para LV. Sete indivíduos do sexo masculino coinfectados LV-HIV (principalmente recidivas) fizeram terapia combinada com AmBL (4 mg/Kg/d por 10 dias) mais antimonial pentavalente (20 mg/Kg/d por 21-28 dias) mais pentamidina (4 mg/Kg por 3 dias por semana durante 4 semanas) e nenhuma profilaxia secundária foi indicada na alta além da TARV. A tolerabilidade foi aceitável com alguns eventos adversos raros e de curta duração relatados (insuficiência renal leve, elevação das enzimas hepáticas e pancreáticas). Após 1-2 anos de acompanhamento, a maioria dos indivíduos persiste sem recidivas de LV (apresentando ganho de peso, sem febre, órgãos reduzidos e sem anemia), aumento dos linfócitos T CD4+ e com HIV-RNA indetectável. Três pacientes não foram encontrados registros após alta. Uma vez que a coinfecção LV-HIV permite que ambas as doenças se somem negativamente, com altas taxas de óbito e recidivas, a terapia combinada pode aumentar as chances de melhores desfechos, oferecendo melhor qualidade de vida a esses indivíduos. 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摘要

据估计,全世界每年有3万例内脏利什曼病(vl)新病例,巴西是拉丁美洲大多数病例的罪魁祸首。HIV合并感染导致非典型表现、诊断困难和治疗期间不良事件发生率较高。vl -HIV有很高的复发率和死亡率,抗逆转录病毒治疗(art)有助于恢复免疫力和减少脂质体两性霉素B (AmBL)治疗后的复发,也用于二级预防。世卫组织建议用联合疗法治疗旧世界的LV-HIV合并感染,但巴西卫生部尚未批准这一建议,使这些人群面临巨大的死亡风险。我们提出了一些使用联合治疗的vl -HIV合并感染的病例,并提出了对这一人群的官方建议的改变。一项回顾性队列研究分析了巴西Natal/RN一家传染病治疗中心的医疗记录,以显示当地对vl -HIV合并感染进行联合治疗的经验,即使没有vl的二级预防,在随访期间也没有复发。7名男性LV /艾滋病毒合并感染(主要是治疗复发)加上AmBL(4毫克/公斤/天10天)五价antimonial(20毫克/公斤/天)再来喷他脒21 -28天(4毫克/公斤4周每周3天)和无二次预防高效抗逆转录病毒疗法在高过远。耐受性是可以接受的,有一些罕见和短期的不良事件报道(轻度肾衰竭,肝脏和胰腺酶升高)。经过1-2年的随访,大多数患者持续无vl复发(体重增加,无发热,器官减少,无贫血),CD4+ T淋巴细胞增加,HIV-RNA检测不到。3例患者出院后未见记录。由于LV-HIV合并感染使这两种疾病相加为负,死亡率和复发率高,联合治疗可以增加更好结果的机会,为这些人提供更好的生活质量。我们建议进行更多个体的随机临床试验,这有助于澄清联合治疗是巴西和拉丁美洲LV-HIV合并感染的理想选择。
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TERAPIA COMBINADA NA COINFECÇÃO LV/HIV
Estimatima-se 30.000 novos casos de Leishmaniose Visceral (LV) anualmente no mundo e o Brasil é responsável pela maioria dos casos na América Latina. A coinfecção com o HIV é responsável por apresentações atípicas, difícil diagnóstico e maiores taxas de eventos adversos durante o tratamento. A LV-HIV apresenta altas taxas de recidiva e de letalidade e a terapia antirretroviral (TARV) contribui para restaurar a imunidade e reduzir as recidivas após o tratamento com anfotericina B lipossomal (AmBL), também utilizada na profilaxia secundária. A OMS propõe terapia combinada para o tratamento de coinfectados LV-HIV no velho mundo, o que ainda não é endossado pelo Ministério da Saúde do Brasil, colocando essas populações em grande risco de morte. Apresentamos uma série de casos de coinfectados LV-HIV tratados com terapia combinada e propomos mudanças nas recomendações oficiais para essa população. Um estudo de coorte retrospectivo analisando prontuários de um centro de tratamento de doenças infecciosas em Natal/RN, Brasil, foi desenvolvido para mostrar a experiência local com terapia combinada para coinfecção LV-HIV que evolui sem recidivas durante o acompanhamento, mesmo sem profilaxia secundária para LV. Sete indivíduos do sexo masculino coinfectados LV-HIV (principalmente recidivas) fizeram terapia combinada com AmBL (4 mg/Kg/d por 10 dias) mais antimonial pentavalente (20 mg/Kg/d por 21-28 dias) mais pentamidina (4 mg/Kg por 3 dias por semana durante 4 semanas) e nenhuma profilaxia secundária foi indicada na alta além da TARV. A tolerabilidade foi aceitável com alguns eventos adversos raros e de curta duração relatados (insuficiência renal leve, elevação das enzimas hepáticas e pancreáticas). Após 1-2 anos de acompanhamento, a maioria dos indivíduos persiste sem recidivas de LV (apresentando ganho de peso, sem febre, órgãos reduzidos e sem anemia), aumento dos linfócitos T CD4+ e com HIV-RNA indetectável. Três pacientes não foram encontrados registros após alta. Uma vez que a coinfecção LV-HIV permite que ambas as doenças se somem negativamente, com altas taxas de óbito e recidivas, a terapia combinada pode aumentar as chances de melhores desfechos, oferecendo melhor qualidade de vida a esses indivíduos. Sugerimos que ensaios clínicos randomizados com mais indivíduos sejam realizados, ajudando a esclarecer que a terapia combinada é ideal para coinfecção LV-HIV no Brasil e na América Latina.
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