巴西麻风病住院的流行病学情况

Vinicius Nascimento dos Santos
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O Nordeste, Sul e Sudeste, foram responsáveis, respectivamente, por 33,6%, 22,3% e 18,4% dos internamentos. Já os estados com mais hospitalizações foram Paraná (13,2%), Maranhão (11,7%), Pernambuco (8,7%), São Paulo (7,3%) e Santa Catarina (6,6%). Em números absolutos, mudanças significativas ocorreram nos últimos anos, como visto em 2018 (3712), 2019 (4075), 2020 (2700), 2021 (2668) e 2022 (3213). Salienta-se que 17,2% dos internamentos foram em decorrência de sequelas de hanseníase. Sobre o perfil dos pacientes, 65,5% eram do sexo masculino, 57,2% pardos/pretos e 63,4% tinham entre 20 e 59 anos. No país, a média de permanência na unidade hospitalar e a taxa de mortalidade foram, nessa ordem, 9,6 dias e 1,6 (por 100.000 habitantes), enquanto, nas regiões Sudeste e Nordeste foram de 12,7 e 9,0 dias e taxas de 1,6 e 2,1. Entre 2013 e 2022, os custos com as hospitalizações totalizaram R$ 36.147.235,43. Foi encontrado um número importante de internamentos por hanseníase no Brasil, com destaque para o Nordeste. Uma expressiva redução nas internações em 2020 e 2021, o que sugere impacto da pandemia de COVID-19, com possível agravamento do quadro, além de provável acúmulo de demanda para o sistema de saúde. Destaca-se ainda o alto custo com as hospitalizações. Diante desse cenário, é fundamental a implementação das políticas públicas de combate à hanseníase, em articulação com todos os níveis de assistência, de modo a potencializar as ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando reduzir a morbimortalidade e, principalmente, a incapacidade física relacionada ao agravo.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DOS INTERNAMENTOS POR HANSENÍASE NO BRASIL\",\"authors\":\"Vinicius Nascimento dos Santos\",\"doi\":\"10.1016/j.bjid.2023.103616\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução insidiosa e crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. 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摘要

麻风病是由麻风分枝杆菌引起的一种潜伏的慢性传染病。晚期诊断和不治疗与高发病率和死亡率有关。描述巴西麻风病住院的流行病学情况。流行病学研究,基于2013年至2022年巴西麻风病住院数据,从统一卫生系统(DATASUS)信息部平台的医院信息系统(SIH)获得。评估住院变量——住院人数、地区、州、平均住院时间、死亡率和费用;并与住院病人的性别、种族和年龄有关。在此期间,巴西有40906人因麻风病住院。东北、南部和东南部分别占33.6%、22.3%和18.4%。住院人数最多的州是parana(13.2%)、maranhao(11.7%)、伯南布哥(8.7%)、sao保罗(7.3%)和圣卡塔琳娜(6.6%)。从绝对数字来看,近年来发生了重大变化,如2018年(3712)、2019年(4075)、2020年(2700)、2021年(2668)和2022年(3213)。值得注意的是,17.2%的住院是麻风病后遗症的结果。在患者中,65.5%为男性,57.2%为棕色/黑色,63.4%年龄在20 - 59岁之间。在该国,平均住院时间和死亡率依次为9.6天和1.6天(每10万居民),而东南部和东北部地区分别为12.7天和9.0天,死亡率分别为1.6天和2.1天。2013年至2022年期间,住院费用总额为36147235.43雷亚尔。在巴西,特别是在东北部,发现了大量因麻风病住院的病例。2020年和2021年住院人数显著减少,这表明COVID-19大流行的影响,除了可能增加对卫生系统的需求外,情况可能会恶化。住院费用也很高。在这种情况下,是实现公共政策的基本防治麻风病,会同各级援助,加强预防、早期诊断和治疗的行为,减少发病率,尤其是民事侵权相关的不合格
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CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DOS INTERNAMENTOS POR HANSENÍASE NO BRASIL
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução insidiosa e crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. O diagnóstico tardio e o não tratamento estão associados a alta morbimortalidade. Descrever o cenário epidemiológico dos internamentos por hanseníase no Brasil. Estudo epidemiológico, baseado em dados dos internamentos por hanseníase no Brasil, obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), na plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), de 2013 a 2022. Foram avaliadas variáveis do internamento - número de internamentos, região, estado, média de permanência hospitalar, taxa de mortalidade e custos; e relacionadas ao perfil dos pacientes internados - sexo, raça e faixa etária. No período, foram 40.906 internamentos por hanseníase no Brasil. O Nordeste, Sul e Sudeste, foram responsáveis, respectivamente, por 33,6%, 22,3% e 18,4% dos internamentos. Já os estados com mais hospitalizações foram Paraná (13,2%), Maranhão (11,7%), Pernambuco (8,7%), São Paulo (7,3%) e Santa Catarina (6,6%). Em números absolutos, mudanças significativas ocorreram nos últimos anos, como visto em 2018 (3712), 2019 (4075), 2020 (2700), 2021 (2668) e 2022 (3213). Salienta-se que 17,2% dos internamentos foram em decorrência de sequelas de hanseníase. Sobre o perfil dos pacientes, 65,5% eram do sexo masculino, 57,2% pardos/pretos e 63,4% tinham entre 20 e 59 anos. No país, a média de permanência na unidade hospitalar e a taxa de mortalidade foram, nessa ordem, 9,6 dias e 1,6 (por 100.000 habitantes), enquanto, nas regiões Sudeste e Nordeste foram de 12,7 e 9,0 dias e taxas de 1,6 e 2,1. Entre 2013 e 2022, os custos com as hospitalizações totalizaram R$ 36.147.235,43. Foi encontrado um número importante de internamentos por hanseníase no Brasil, com destaque para o Nordeste. Uma expressiva redução nas internações em 2020 e 2021, o que sugere impacto da pandemia de COVID-19, com possível agravamento do quadro, além de provável acúmulo de demanda para o sistema de saúde. Destaca-se ainda o alto custo com as hospitalizações. Diante desse cenário, é fundamental a implementação das políticas públicas de combate à hanseníase, em articulação com todos os níveis de assistência, de modo a potencializar as ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando reduzir a morbimortalidade e, principalmente, a incapacidade física relacionada ao agravo.
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