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Saúde em tempos ultraneoliberais: entre a atenção psicossocial e a (re)manicomialização
Este artigo objetiva analisar o recrudescimento do ajuste fiscal permanente em tempos de ultraneoliberalismo na política de saúde mental e sua funcionalidade no retorno das práticas manicomiais de mercantilização da vida. Recorre-se à pesquisa e à análise documental para a compreensão do orçamento público destinado à política de saúde, enfatizando a saúde mental por meio da utilização de dados secundários em sítios e documentos institucionais do governo federal. Os resultados evidenciam a potencialização das contradições do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que se intensificam com as políticas de austeridade fiscal e gastos públicos aquém das necessidades dos(as) usuários(as) em detrimento do capital. Seus efeitos são nefastos diante da pandemia e dos retrocessos no âmbito da atenção psicossocial, apontando para um retorno expressivo da (re)manicomialização com ênfase nas Comunidades Terapêuticas.