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Diversas referências que envolvem os temas do germanismo e da aristocracia encontram em Nietzsche e em Brandes um campo bastante fértil. Ambos os autores, comprometidos com a discussão voltada à crítica da cultura ocidental, têm o intuito de fomentar a elevação da cultura, o que alavanca o tema da aristocracia. A dinâmica das forças, que caracteriza o pensamento nietzschiano, manifesta, na aristocracia, a vontade de superação de um povo dotado de espírito. Na recepção que Brandes faz deste tema da aristocracia de Nietzsche, este adquire rasgos de um radicalismo. Por essa razão, o intuito, nesta investigação é o de, num primeiro momento, examinar em que medida a aristocracia, elevada a radicalidade, implica numa leitura que envolva, para além da dinâmica de autossuperação, a de um germanismo, radicado na exaltação da raça. Num segundo momento, o intuito é o de avaliar em que medida as implicações da recepção de Brandes do radicalismo aristocrático, traduzido em moldes de germanismo, enfatizaram a leitura que os nazistas realizaram do pensamento nietzschiano.