Este trabalho apresenta uma interpretação acerca do papel sistemático do movimento lógico na fi- losofia madura de Hegel, bem como, a partir disso, oferece uma hipótese histórico-genética para a compreensão do desenvolvimento da unificação de lógica e metafísica aplicada de maneira consolidada, primeiramente, na Fenomenologia do Espírito. Mais especificamente, extraímos da diferenciação entre a Lógica (die Logik) e o lógico (das logische) um recurso para explicação da noção metacategorial que Hegel possui de seu método de negação autônoma estendido tanto à lógica, quanto à filosofia da natureza e à filosofia do espírito como disciplinas diversas. Doravante, mostraremos como a compreensão metacategorial da negação tem seu surgimento a partir dos ajustes sistemáticos que Hegel realiza ainda em Jena e como a plena aplicação deste método funcionava como ponto resolução de seus impasses filosóficos.
{"title":"Preceitos e consequências da unificação de lógica e metafísica por Hegel:","authors":"Luiz Filipe Oliveira","doi":"10.4013/fsu.2023.243.05","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.05","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Este trabalho apresenta uma interpretação acerca do papel sistemático do movimento lógico na fi- losofia madura de Hegel, bem como, a partir disso, oferece uma hipótese histórico-genética para a compreensão do desenvolvimento da unificação de lógica e metafísica aplicada de maneira consolidada, primeiramente, na Fenomenologia do Espírito. Mais especificamente, extraímos da diferenciação entre a Lógica (die Logik) e o lógico (das logische) um recurso para explicação da noção metacategorial que Hegel possui de seu método de negação autônoma estendido tanto à lógica, quanto à filosofia da natureza e à filosofia do espírito como disciplinas diversas. Doravante, mostraremos como a compreensão metacategorial da negação tem seu surgimento a partir dos ajustes sistemáticos que Hegel realiza ainda em Jena e como a plena aplicação deste método funcionava como ponto resolução de seus impasses filosóficos.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":"16 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138597945","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artículo propone una discusión sobre la intersección entre la filosofía francesa contemporánea y el psicoanálisis, específicamente enfocada en el tema de la “singularidad” en psicoanálisis, destacando autores como Politzer, Foucault y, especialmente, Merleau-Ponty. Se trata de pensar de qué manera estos autores buscan encauzar el tema de la singularidad en Freud. El objetivo es determinar cómo se puede definir la singularidad con la que se encontró Freud en su trabajo clínico de escucha a los pacientes y en qué sentido esta singularidad no se reduce a las formulaciones teóricas posteriormente desarrolladas por el psicoanalista en los términos de un sistema psíquico – y a las que Politzer denominó de abstractas. Se tiene en cuenta, muy especialmente, los esfuerzos de Merleau-Ponty de pensar la noción freudiana de singularidad en los términos de una nueva teoría, que se volvió conocida como teoría de la otredad, en la que el filósofo aproxima la singularidad a la noción de pulsión de muerte, anticipando lo que años más tarde Lacan llamaría “extimidad”. De donde se sigue la pregunta rectora de esta investigación: ¿qué es la singularidad en la clínica psicoanalítica y en qué sentido es posible que uno la escuche del otro sin someterla a una abstracción o saber impuesto como dispositivo?
{"title":"Del psiquismo a la otredad:","authors":"Marcos José Müller","doi":"10.4013/fsu.2023.243.06","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.06","url":null,"abstract":"Este artículo propone una discusión sobre la intersección entre la filosofía francesa contemporánea y el psicoanálisis, específicamente enfocada en el tema de la “singularidad” en psicoanálisis, destacando autores como Politzer, Foucault y, especialmente, Merleau-Ponty. Se trata de pensar de qué manera estos autores buscan encauzar el tema de la singularidad en Freud. El objetivo es determinar cómo se puede definir la singularidad con la que se encontró Freud en su trabajo clínico de escucha a los pacientes y en qué sentido esta singularidad no se reduce a las formulaciones teóricas posteriormente desarrolladas por el psicoanalista en los términos de un sistema psíquico – y a las que Politzer denominó de abstractas. Se tiene en cuenta, muy especialmente, los esfuerzos de Merleau-Ponty de pensar la noción freudiana de singularidad en los términos de una nueva teoría, que se volvió conocida como teoría de la otredad, en la que el filósofo aproxima la singularidad a la noción de pulsión de muerte, anticipando lo que años más tarde Lacan llamaría “extimidad”. De donde se sigue la pregunta rectora de esta investigación: ¿qué es la singularidad en la clínica psicoanalítica y en qué sentido es posible que uno la escuche del otro sin someterla a una abstracción o saber impuesto como dispositivo?","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":"115 16","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138599545","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
John Stuart Mill é considerado um dos grandes representantes da tradição liberal. Não obstante tal consideração possuir plausibilidade, é possível afirmar que a filosofia prática de Mill guarda relação de similitude com outra tradição do pensamento político ocidental: o republicanismo. Este artigo objetiva apresentar um aspecto que aproxima as propostas de Mill das teorias republicanistas, mais precisamente, das propostas da chamada teoria neorromana de republicanismo. Para apresentar o aspecto supramencionado, este artigo recorre a uma obra de Mill que não é imediatamente associada à sua teoria da liberdade, a saber, a obra A sujeição das Mulheres.
{"title":"O republicanismo neorromano na concepção de liberdade de J. S. Mill","authors":"Gilmar Santos","doi":"10.4013/fsu.2023.243.04","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.04","url":null,"abstract":"John Stuart Mill é considerado um dos grandes representantes da tradição liberal. Não obstante tal consideração possuir plausibilidade, é possível afirmar que a filosofia prática de Mill guarda relação de similitude com outra tradição do pensamento político ocidental: o republicanismo. Este artigo objetiva apresentar um aspecto que aproxima as propostas de Mill das teorias republicanistas, mais precisamente, das propostas da chamada teoria neorromana de republicanismo. Para apresentar o aspecto supramencionado, este artigo recorre a uma obra de Mill que não é imediatamente associada à sua teoria da liberdade, a saber, a obra A sujeição das Mulheres.","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":"1 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138597881","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
In this paper, I discuss which semantic theory moral subjectivists should adopt. Moral subjectivism is understood broadly to include all theories according to which moral sentences are truth-apt, at least sometimes true, and made true by the mental attitudes of certain relevant agent or set of agents. Due to the breadth of this definition, an initial concern is whether a unified semantic approach is able to accommodate all varieties of subjectivism. I argue that it is. I then proceed to analyse the main semantic theories for moral sentences as they apply to the standard issue of moral disagreements. I conclude in favour of so-called Non-Indexical Contextualism.
{"title":"Moral subjectivism and the semantics of disagreements","authors":"Vitor Sommavilla","doi":"10.4013/fsu.2023.243.09","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.09","url":null,"abstract":"In this paper, I discuss which semantic theory moral subjectivists should adopt. Moral subjectivism is understood broadly to include all theories according to which moral sentences are truth-apt, at least sometimes true, and made true by the mental attitudes of certain relevant agent or set of agents. Due to the breadth of this definition, an initial concern is whether a unified semantic approach is able to accommodate all varieties of subjectivism. I argue that it is. I then proceed to analyse the main semantic theories for moral sentences as they apply to the standard issue of moral disagreements. I conclude in favour of so-called Non-Indexical Contextualism.","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":"51 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138600546","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Para se abordar a questão da verdade, no pensamento de Levinas, faz-se necessário procurar antes o seu fundamento que, na ética como filosofia primeira, é a justiça. Em seguida, é preciso fazer o caminho da fenomenologia levinasiana em diálogo com as fenomenologias de Husserl e Heidegger, além de passar pelo modo como Kierkegaard compreende ética. Levinas busca o Sentido dos sentidos, distanciando-se de Husserl para quem o sujeito é a fonte de todo sentido; mas também se distanciando da ontologia de Heidegger que opera uma redução de tudo ao ser, suprimindo a exceção do Outro. Se Kierkegaard descobriu a interioridade como marca indelével da subjetividade que recusa se perder na obra da totalização, ele não consegue escapar de outra violência que não compreende a exterioridade como vindo de fora de todo Sistema, deixando o ético se perder no geral. A relação ética, tal como Levinas a compreende, é, ao contrário, uma relação de único a único. A significação primeira da Verdade é de ordem ética e não se entende senão em relação com a justiça - retidão do face a face - que a ontologia traduzirá tardiamente como verdade que se mostrará no ser.
{"title":"Verdade e Justiça em Emmanuel Levinas","authors":"O. Carrara","doi":"10.4013/fsu.2023.243.08","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.08","url":null,"abstract":"Para se abordar a questão da verdade, no pensamento de Levinas, faz-se necessário procurar antes o seu fundamento que, na ética como filosofia primeira, é a justiça. Em seguida, é preciso fazer o caminho da fenomenologia levinasiana em diálogo com as fenomenologias de Husserl e Heidegger, além de passar pelo modo como Kierkegaard compreende ética. Levinas busca o Sentido dos sentidos, distanciando-se de Husserl para quem o sujeito é a fonte de todo sentido; mas também se distanciando da ontologia de Heidegger que opera uma redução de tudo ao ser, suprimindo a exceção do Outro. Se Kierkegaard descobriu a interioridade como marca indelével da subjetividade que recusa se perder na obra da totalização, ele não consegue escapar de outra violência que não compreende a exterioridade como vindo de fora de todo Sistema, deixando o ético se perder no geral. A relação ética, tal como Levinas a compreende, é, ao contrário, uma relação de único a único. A significação primeira da Verdade é de ordem ética e não se entende senão em relação com a justiça - retidão do face a face - que a ontologia traduzirá tardiamente como verdade que se mostrará no ser.","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":"124 40","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138599205","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Diversas referências que envolvem os temas do germanismo e da aristocracia encontram em Nietzsche e em Brandes um campo bastante fértil. Ambos os autores, comprometidos com a discussão voltada à crítica da cultura ocidental, têm o intuito de fomentar a elevação da cultura, o que alavanca o tema da aristocracia. A dinâmica das forças, que caracteriza o pensamento nietzschiano, manifesta, na aristocracia, a vontade de superação de um povo dotado de espírito. Na recepção que Brandes faz deste tema da aristocracia de Nietzsche, este adquire rasgos de um radicalismo. Por essa razão, o intuito, nesta investigação é o de, num primeiro momento, examinar em que medida a aristocracia, elevada a radicalidade, implica numa leitura que envolva, para além da dinâmica de autossuperação, a de um germanismo, radicado na exaltação da raça. Num segundo momento, o intuito é o de avaliar em que medida as implicações da recepção de Brandes do radicalismo aristocrático, traduzido em moldes de germanismo, enfatizaram a leitura que os nazistas realizaram do pensamento nietzschiano.
{"title":"A tradução de aristocracia em germanismo:","authors":"A. Feiler","doi":"10.4013/fsu.2023.243.01","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.01","url":null,"abstract":"Diversas referências que envolvem os temas do germanismo e da aristocracia encontram em Nietzsche e em Brandes um campo bastante fértil. Ambos os autores, comprometidos com a discussão voltada à crítica da cultura ocidental, têm o intuito de fomentar a elevação da cultura, o que alavanca o tema da aristocracia. A dinâmica das forças, que caracteriza o pensamento nietzschiano, manifesta, na aristocracia, a vontade de superação de um povo dotado de espírito. Na recepção que Brandes faz deste tema da aristocracia de Nietzsche, este adquire rasgos de um radicalismo. Por essa razão, o intuito, nesta investigação é o de, num primeiro momento, examinar em que medida a aristocracia, elevada a radicalidade, implica numa leitura que envolva, para além da dinâmica de autossuperação, a de um germanismo, radicado na exaltação da raça. Num segundo momento, o intuito é o de avaliar em que medida as implicações da recepção de Brandes do radicalismo aristocrático, traduzido em moldes de germanismo, enfatizaram a leitura que os nazistas realizaram do pensamento nietzschiano.","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":"89 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138600355","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Apesar de o socioconstrutivismo defender que tanto os critérios epistemológicos quanto os fatores sociocomunitários devem ser levados em consideração na explicação de uma realização científica, os críticos desta concepção insistem na ideia de que os socioconstrutivistas atribuem um papel exclusivo aos fatores sociocomunitários e com isso os fatos científicos deixam de ser uma representação da natureza e se tornam uma mera construção social. O objetivo deste artigo é argumentar, por meio de uma discussão do conceito de construção para os socioconstrutivistas (a partir dos conceitos de heterogeneidade de Isabelle Stengers e de seleção de Karin-Knorr Cetina), não no sentido de uma defesa do socioconstrutivismo, mas de sua plausibilidade enquanto concepção de ciência a partir de um esclarecimento do conceito de construção: uma realização científica não é inevitável, senão que depende de escolhas epistemológicas e de circunstâncias sociais no interior das comunidades científicas.
{"title":"Uma avaliação crítica da implausibilidade teórica do socioconstrutivismo","authors":"Marcos Rodrigues Da Silva","doi":"10.4013/fsu.2023.243.07","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.07","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Apesar de o socioconstrutivismo defender que tanto os critérios epistemológicos quanto os fatores sociocomunitários devem ser levados em consideração na explicação de uma realização científica, os críticos desta concepção insistem na ideia de que os socioconstrutivistas atribuem um papel exclusivo aos fatores sociocomunitários e com isso os fatos científicos deixam de ser uma representação da natureza e se tornam uma mera construção social. O objetivo deste artigo é argumentar, por meio de uma discussão do conceito de construção para os socioconstrutivistas (a partir dos conceitos de heterogeneidade de Isabelle Stengers e de seleção de Karin-Knorr Cetina), não no sentido de uma defesa do socioconstrutivismo, mas de sua plausibilidade enquanto concepção de ciência a partir de um esclarecimento do conceito de construção: uma realização científica não é inevitável, senão que depende de escolhas epistemológicas e de circunstâncias sociais no interior das comunidades científicas.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":"125 34","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138599221","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O texto expõe, em traços gerais, a teoria da desobediência civil de Rawls, com a finalidade de destacar a definição da desobediência civil como sendo um direito. Pretende-se mostrar que se trata de um direito individual, ainda que seu exercício possa também apresentar traços políticos. Em seguida, apresenta a teoria de Raz no sentido da negativa de que a desobediência civil seja um direito. Ad argumentandum tantum, toma-se como procedente a objeção de Raz, com a finalidade de escrutinar algumas consequências que uma tal formulação acarretaria para a teoria de Rawls, especificamente no que diz respeito à fundamentação da desobediência civil, como sendo um direito. Por fim, analisa possíveis respostas que poderiam ser ofertadas a Raz, a partir especialmente da perspectiva de Rawls. Defende-se que isso implica a necessidade de reconstruir a teoria da desobediência de Rawls, como teoria da resistência.
{"title":"A desobediência civil como um direito de defesa em Rawls e uma tentativa de resposta à crítica de Raz","authors":"Delamar José Volpato Dutra","doi":"10.4013/fsu.2023.243.02","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.02","url":null,"abstract":"O texto expõe, em traços gerais, a teoria da desobediência civil de Rawls, com a finalidade de destacar a definição da desobediência civil como sendo um direito. Pretende-se mostrar que se trata de um direito individual, ainda que seu exercício possa também apresentar traços políticos. Em seguida, apresenta a teoria de Raz no sentido da negativa de que a desobediência civil seja um direito. Ad argumentandum tantum, toma-se como procedente a objeção de Raz, com a finalidade de escrutinar algumas consequências que uma tal formulação acarretaria para a teoria de Rawls, especificamente no que diz respeito à fundamentação da desobediência civil, como sendo um direito. Por fim, analisa possíveis respostas que poderiam ser ofertadas a Raz, a partir especialmente da perspectiva de Rawls. Defende-se que isso implica a necessidade de reconstruir a teoria da desobediência de Rawls, como teoria da resistência.","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":"17 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138598567","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Dos clases de desacuerdo han resultado de gran interés para la epistemología social durante las últimas décadas: los desacuerdos profundos, que tienen lugar cuando la disputa entre las partes es sistemática y particularmente difícil de resolver, y los desacuerdos entre pares epistémicos, ocasionados por el enfrentamiento entre agentes que tienen la misma evidencia y virtudes cognitivas respecto del tema en discusión. El propósito de este artículo es trabajar en la intersección de ellos, evaluando las consecuencias de que un desacuerdo entre pares sea profundo. En particular, argumento que, cuando un desacuerdo llega a niveles de profundidad muy altos, es imposible que las partes se reconozcan entre sí como pares, dado que no pueden asumir que son igualmente racionales.
{"title":"¿Puedo reconocer a un par distante?","authors":"I. Madroñal","doi":"10.4013/fsu.2023.242.01","DOIUrl":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.242.01","url":null,"abstract":"Dos clases de desacuerdo han resultado de gran interés para la epistemología social durante las últimas décadas: los desacuerdos profundos, que tienen lugar cuando la disputa entre las partes es sistemática y particularmente difícil de resolver, y los desacuerdos entre pares epistémicos, ocasionados por el enfrentamiento entre agentes que tienen la misma evidencia y virtudes cognitivas respecto del tema en discusión. El propósito de este artículo es trabajar en la intersección de ellos, evaluando las consecuencias de que un desacuerdo entre pares sea profundo. En particular, argumento que, cuando un desacuerdo llega a niveles de profundidad muy altos, es imposible que las partes se reconozcan entre sí como pares, dado que no pueden asumir que son igualmente racionales.","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49398867","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}