Liana Rosa Elias, Amanda Santos De Souza, Paulo Coelho Castelo Branco
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Apresenta-se IC como uma unidade funcional, produto das interações operantes e respondentes (públicos e privados), que envolvem, principalmente, tatos sobre si e sobre a aparência corporal e discriminação destas características a partir de modelos socialmente estabelecidos. Configura-se como um processo identitário ao ser um conjunto estável (embora flexível) de descrições de si a partir da IC e sua influência em outros repertórios comportamentais. A partir da análise de práticas culturais sobre corpo, beleza e atratividade e da Teoria das Molduras Relacionais, propõe-se o enfoque selecionista das práticas culturais e em como estas modificam as relações verbais que estabelecemos com o próprio corpo e, consequentemente, na maneira que se simboliza e age diante da própria imagem. 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摘要
身体形象(BI)的概念在不同的知识领域都有涉及。作为一种多因素现象,它涉及感知、认知、情感、行为和社会等方面。本研究从分析行为和背景的角度提出了身体形象概念的可操作性。为此,我们对循证心理学中有关 CI 的主要建议以及行为主义建议进行了调查。然后,我们开始了一项理论研究,以寻找 CI 的可操作性及其安装和维护应急措施,并阐明自我、身份、后果选择和符号行为等概念。CI 被视为一个功能单元,是操作性和应答性互动(公共和私人)的产物,主要涉及对自我和身体外观的判断,以及基于社会既定模式对这些特征的辨别。它被视为一种身份认同过程,因为它是一套稳定(尽管灵活)的自我描述,基于 CI 及其对其他行为复制品的影响。基于对有关身体、美和吸引力的文化实践以及关系框架理论的分析,我们提出了一种选择主义的方法来研究文化实践,以及它们如何改变我们与自己的身体建立的语言关系,进而改变我们与自己的形象相关的象征和行为方式。结论是,CI 位于学习(情感、语言和非语言操作)中所建立的语言和符号关系领域,而这些关系是在主体与与身体相关的文化实践的关系中选定的。
O conceito de Imagem Corporal como produto de relações sócio-verbais: cultura, self e corpo
O conceito de Imagem Corporal (IC) vem sendo tratado por diferentes campos de conhecimento. Fenômeno multifatorial, envolve componentes perceptivos, cognitivos, afetivos, comportamentais e sociais. Este estudo propõe uma operacionalização do conceito de IC, a partir de um viés analítico-comportamental e contextual. Para tanto, realizou-se um levantamento sobre as principais propostas de IC na psicologia baseada em evidências, bem como nas propostas behavioristas. Então, partiu-se para um estudo teórico em busca da operacionalização da IC e suas contingências de instalação e manutenção, articulando os conceitos de self, identidade, seleção por consequências, comportamento simbólico. Apresenta-se IC como uma unidade funcional, produto das interações operantes e respondentes (públicos e privados), que envolvem, principalmente, tatos sobre si e sobre a aparência corporal e discriminação destas características a partir de modelos socialmente estabelecidos. Configura-se como um processo identitário ao ser um conjunto estável (embora flexível) de descrições de si a partir da IC e sua influência em outros repertórios comportamentais. A partir da análise de práticas culturais sobre corpo, beleza e atratividade e da Teoria das Molduras Relacionais, propõe-se o enfoque selecionista das práticas culturais e em como estas modificam as relações verbais que estabelecemos com o próprio corpo e, consequentemente, na maneira que se simboliza e age diante da própria imagem. Conclui-se que a IC se situa no campo das relações verbais e simbólicas estabelecidas nas aprendizagens (emocionais, operantes verbais e não verbais) selecionadas na relação do sujeito com as práticas culturais relacionadas ao corpo.