O PARADOXO ENTRE RELIGIOSIDADE E CIENTIFICISMO: LIMITES E CONEXÕES INERENTES À PRÁTICA MÉDICA

O desempenho analítico atual referente aos estudos sobre a integração entre a atuação médica metodológica e científica em sinergia a maior aceitação e relevância da fé e da religiosidade como elemento primordial por parte do paciente em seu processo de saúde, torna a cada produto de ampla discussão e aprofundamento científico da contemporaneidade. Desta forma, o estudo busca compreender, a prática do cuidado como fundamento de técnicas médicas e assistências, levando em conta a atenção centrada nas pessoas como cenário importante do cuidado em saúde na atualidade, aviltando eventuais dilemas, problemáticas ou paradoxos presentes aos entremeios dessa realidade. Objetiva-se, a partir disso, analisar a literatura acerca das discussões que paralelizam e/ou integram religião e medicina, bem como as experiências que essa realização pode prover para os agentes envolvidos na prática do cuidado. Intrinsecamente, visou-se o aprofundamento da temática no que se refere o estado da arte pautado em fé e ciência, tendo como ponto forte, seus aspectos funcionais em saúde, entendendo suas características potenciais, e comparando-as aos pontos fortes do médico operador. Como visto, o processo se fez pela revisão integrativa da literatura, buscando em bases como SciELO, BVS/LILACS, PUBMED, ScienceDirect, ResearchGate e Repositórios de Periódicos Científicos Internacionais, com foco em ciência e religião, práticas assistenciais; medicina social; habilidades médicas e formação médica, em trabalhos publicados entre 2013 e 2023, no sentido de dar solidez e análise evolutiva temporal na temática e subsídio a pesquisa. Nesta tratativa, os estudos referidos expressaram significância, tanto por apresentarem-se em periódico de grande impacto científico, quanto por apresentarem ascensão em termos de volume e consolidação temporal, tendo sua maioria publicação a partir de 2020. Nestes, há consonância autoral na interpretação da elevada importância da agregação de competência humanizadas no ambiente de saúde, sendo de elevado potencial para variados segmentos do setor, ao mesmo tempo em que enxergam no médico e demais profissionais em saúde, os principais envolvidos, junto de seus pacientes, em práticas mais integradas, compartilhadas e bioéticas na saúde.