Carolina Henke, Lucas Venega dos Santos, Gabriel Pizzatto Rudey Crovador, Caroline Perez Lessa de Macedo, Uiara Raiana Vargas de Castro Oliveira Ribeiro
{"title":"一家长期护理机构的入住者的社会人口学和临床特征","authors":"Carolina Henke, Lucas Venega dos Santos, Gabriel Pizzatto Rudey Crovador, Caroline Perez Lessa de Macedo, Uiara Raiana Vargas de Castro Oliveira Ribeiro","doi":"10.34019/1982-8047.2023.v49.40623","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"\n\nIntrodução: O estudo do perfil sociodemográfico e clínico dos moradores de instituição de longa permanência para idosos permite um conhecimento maior sobre as particularidades desta população, contribuindo para maior cuidado por parte da equipe multiprofissional assistente e para o planejamento de políticas públicas. Objetivo: Caracterizar o perfil clínico-funcional e sociodemográfico de idosos que residiam em uma instituição de longa permanência para idosos em um período de dez anos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado por meio de revisão de prontuário dos moradores que residiam em uma instituição de longa permanência filantrópica, no período entre julho de 2010 a julho de 2020. Resultados: Foram incluídos 205 idosos no estudo. A idade média de admissão foi de 70,07 anos (±9,16), com maioria dos indivíduos provenientes de situação de vulnerabilidade social (71,9%), religião católica (71,9%), branco (58,0%), com grau de instrução inferior a 3 anos (64,3%), solteiro (49,5%), com contato familiar (51,7%), aposentado (58,3%), não tabagista (80,3%), não etilista (58,8%), em uso de dispositivo de marcha (53,3%), sem incontinências (68,8%) e independente para atividades básicas de vida diária (58,5%). Comparando-se as admissões realizadas antes de julho de 2010 e entre julho de 2010 e julho de 2020, o perfil sociodemográfico manteve-se similar. No entanto, houve aumento em relação a algumas medicações e comorbidades, com significância estatística no diabetes (p= 0.044) e no uso dos antidiabéticos (p= 0.001). No perfil clínico-funcional, predominaram as medicações anti-hipertensivas (53,2%) e psicotrópicas (48,1%) e as comorbidades cardiovasculares (56,8%) e transtornos mentais (31,4%), as quais mantiveram-se prevalentes na análise comparativa. Conclusão: O perfil clínico-funcional e sociodemográfico dos moradores desta instituição de longa permanência apresentou pouca diferença em 10 anos, predominando a presença de indivíduos com baixo grau de dependência para atividades básicas de vida diária, em vulnerabilidade social e com comorbidades cardiovasculares.\n\n","PeriodicalId":34488,"journal":{"name":"HU Revista","volume":"42 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Caracterização sociodemográfica e clínica de residentes de uma instituição de longa permanência para idosos\",\"authors\":\"Carolina Henke, Lucas Venega dos Santos, Gabriel Pizzatto Rudey Crovador, Caroline Perez Lessa de Macedo, Uiara Raiana Vargas de Castro Oliveira Ribeiro\",\"doi\":\"10.34019/1982-8047.2023.v49.40623\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"\\n\\nIntrodução: O estudo do perfil sociodemográfico e clínico dos moradores de instituição de longa permanência para idosos permite um conhecimento maior sobre as particularidades desta população, contribuindo para maior cuidado por parte da equipe multiprofissional assistente e para o planejamento de políticas públicas. 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Caracterização sociodemográfica e clínica de residentes de uma instituição de longa permanência para idosos
Introdução: O estudo do perfil sociodemográfico e clínico dos moradores de instituição de longa permanência para idosos permite um conhecimento maior sobre as particularidades desta população, contribuindo para maior cuidado por parte da equipe multiprofissional assistente e para o planejamento de políticas públicas. Objetivo: Caracterizar o perfil clínico-funcional e sociodemográfico de idosos que residiam em uma instituição de longa permanência para idosos em um período de dez anos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado por meio de revisão de prontuário dos moradores que residiam em uma instituição de longa permanência filantrópica, no período entre julho de 2010 a julho de 2020. Resultados: Foram incluídos 205 idosos no estudo. A idade média de admissão foi de 70,07 anos (±9,16), com maioria dos indivíduos provenientes de situação de vulnerabilidade social (71,9%), religião católica (71,9%), branco (58,0%), com grau de instrução inferior a 3 anos (64,3%), solteiro (49,5%), com contato familiar (51,7%), aposentado (58,3%), não tabagista (80,3%), não etilista (58,8%), em uso de dispositivo de marcha (53,3%), sem incontinências (68,8%) e independente para atividades básicas de vida diária (58,5%). Comparando-se as admissões realizadas antes de julho de 2010 e entre julho de 2010 e julho de 2020, o perfil sociodemográfico manteve-se similar. No entanto, houve aumento em relação a algumas medicações e comorbidades, com significância estatística no diabetes (p= 0.044) e no uso dos antidiabéticos (p= 0.001). No perfil clínico-funcional, predominaram as medicações anti-hipertensivas (53,2%) e psicotrópicas (48,1%) e as comorbidades cardiovasculares (56,8%) e transtornos mentais (31,4%), as quais mantiveram-se prevalentes na análise comparativa. Conclusão: O perfil clínico-funcional e sociodemográfico dos moradores desta instituição de longa permanência apresentou pouca diferença em 10 anos, predominando a presença de indivíduos com baixo grau de dependência para atividades básicas de vida diária, em vulnerabilidade social e com comorbidades cardiovasculares.