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Como resultados desta pesquisa, que foi parte integrante da tese de doutoramento defendida pela autora da presente pesquisa em 2023, encontrou-se que os trabalhos mapeados expuseram como principais consequências desses impactos – gerencialismo, educação superior e formação universitária – a quantitativa expansão da educação superior baseada em números de vagas e de matrículas, a privatização da educação desse nível promovida por organizações privadas que ganham espaço no segmento educacional brasileiro, bem como os desafios das atividades de regulação e avaliação estatal da oferta. Ainda, existem substanciais divergências entre os interesses financeiros do capital sobre a educação superior e a qualidade da educação, que partem das perspectivas mercadológica da educação e de suas instituições. 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Gerencialismo universitário no século XXI? Impactos gerenciais na educação superior e na formação promovida pelas universidades públicas brasileiras
A pesquisa bibliográfica analisou a produção acadêmica relacionada aos impactos do gerencialismo na educação superior e na formação promovida pelas universidades públicas brasileiras, visando a identificar aspectos e dimensões da ação da Nova Gestão Pública (NGP) nesse contexto. Os pressupostos da NGP vêm, desde o século XX, rondando a gestão pública em âmbito mundial, causando a internalização de conceitos e ferramentas gerenciais com fins de eficiência. Suas políticas, igualmente impregnadas de objetivos eficientistas, voltam-se para novas formas de funcionamento e resultados designados pelo mercado. Tais objetivos alcançaram a educação pública. Como resultados desta pesquisa, que foi parte integrante da tese de doutoramento defendida pela autora da presente pesquisa em 2023, encontrou-se que os trabalhos mapeados expuseram como principais consequências desses impactos – gerencialismo, educação superior e formação universitária – a quantitativa expansão da educação superior baseada em números de vagas e de matrículas, a privatização da educação desse nível promovida por organizações privadas que ganham espaço no segmento educacional brasileiro, bem como os desafios das atividades de regulação e avaliação estatal da oferta. Ainda, existem substanciais divergências entre os interesses financeiros do capital sobre a educação superior e a qualidade da educação, que partem das perspectivas mercadológica da educação e de suas instituições. Esses elementos têm por maneira relação com os pressupostos da NGP elucidados e fazem surgir outras consequências que focam nas demandas de mercado, tais como a flexibilização curricular, a formação profissional com fins de empregabilidade e a profissionalização da gestão das universidades públicas. Invariavelmente, todo esse complexo exige da educação e de suas universidades maior foco na produtividade e competitividade em relação aos objetivos definidos pelo mercado, intensificando a lógica gerencialista dominante no contexto educacional que ainda não encontrou formas de qualificar a educação.