{"title":"评估 pegaspargase 与 L-天冬酰胺酶相比在治疗急性淋巴细胞白血病方面的疗效和安全性及其经济可行性","authors":"Hérica Núbia Cardoso Cirilo, Amanda Ribeiro Feitosa, Gabriela Soares da Silva","doi":"10.34019/1982-8047.2023.v49.43248","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O tratamento da leucemia linfoblástica aguda (LLA) é relacionado a eventos adversos (EA) e mortalidade por toxicidade dos medicamentos utilizados. Protocolos com L-asparaginase (L-Asp) têm demonstrado melhor prognóstico, porém podem causar hipersensibilidade e desenvolvimento de anticorpos neutralizantes por ser produzida a partir da Escherichia coli. A conjugação de E. coli L-Asp com monometoxipolietilenoglicol resulta na PEG-Asp, com menor imunogenicidade e maior meia-vida. Objetivo: Avaliar eficácia e segurança da PEG-Asp, em comparação à L-Asp, no tratamento de LLA, e sua viabilidade econômica para subsidiar a tomada de decisão quanto à sua incorporação. Material e Métodos: Estudo descritivo de síntese de evidências e avaliação econômica. Busca de evidências foi realizada no MEDLINE, Cochrane Library, Embase, Epistemonikos e agências de avaliação de tecnologias em saúde. Foram considerados elegíveis revisões sistemáticas, ensaios clínicos e estudos observacionais, publicados em inglês, espanhol e português, independente da data. Viabilidade econômica foi calculada a partir do custo do uso da PEG-Asp no protocolo GRAALL – 2003 frente ao valor faturado via Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade. Resultados: Evidências demonstraram eficácia semelhante entre PEG-Asp e L-Asp para maioria dos desfechos de interesse, com superioridade na prevenção de leucemia no sistema nervoso central em adultos e comodidade posológica. PEG-Asp demonstrou maior frequência de EA em adultos recém diagnosticados e ausência de diferença na toxicidade e mortalidade nos recidivados. Incorporação da PEG-Asp se mostrou economicamente viável para pacientes adultos e desvantajosa naqueles com 18 e 19 anos incompletos, considerando superfície corpórea média de 1,7m2. Conclusão: Recomendou-se a incorporação de PEG-Asp para tratamento de LLA em pacientes acima de 18 anos e naqueles com 18 a 19 anos incompletos, deve-se avaliar a viabilidade econômica em função da superfície corpórea. 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Avaliação da eficácia e segurança de pegaspargase, em comparação à L-asparaginase, e sua viabilidade econômica no tratamento de leucemia linfoblástica aguda
Introdução: O tratamento da leucemia linfoblástica aguda (LLA) é relacionado a eventos adversos (EA) e mortalidade por toxicidade dos medicamentos utilizados. Protocolos com L-asparaginase (L-Asp) têm demonstrado melhor prognóstico, porém podem causar hipersensibilidade e desenvolvimento de anticorpos neutralizantes por ser produzida a partir da Escherichia coli. A conjugação de E. coli L-Asp com monometoxipolietilenoglicol resulta na PEG-Asp, com menor imunogenicidade e maior meia-vida. Objetivo: Avaliar eficácia e segurança da PEG-Asp, em comparação à L-Asp, no tratamento de LLA, e sua viabilidade econômica para subsidiar a tomada de decisão quanto à sua incorporação. Material e Métodos: Estudo descritivo de síntese de evidências e avaliação econômica. Busca de evidências foi realizada no MEDLINE, Cochrane Library, Embase, Epistemonikos e agências de avaliação de tecnologias em saúde. Foram considerados elegíveis revisões sistemáticas, ensaios clínicos e estudos observacionais, publicados em inglês, espanhol e português, independente da data. Viabilidade econômica foi calculada a partir do custo do uso da PEG-Asp no protocolo GRAALL – 2003 frente ao valor faturado via Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade. Resultados: Evidências demonstraram eficácia semelhante entre PEG-Asp e L-Asp para maioria dos desfechos de interesse, com superioridade na prevenção de leucemia no sistema nervoso central em adultos e comodidade posológica. PEG-Asp demonstrou maior frequência de EA em adultos recém diagnosticados e ausência de diferença na toxicidade e mortalidade nos recidivados. Incorporação da PEG-Asp se mostrou economicamente viável para pacientes adultos e desvantajosa naqueles com 18 e 19 anos incompletos, considerando superfície corpórea média de 1,7m2. Conclusão: Recomendou-se a incorporação de PEG-Asp para tratamento de LLA em pacientes acima de 18 anos e naqueles com 18 a 19 anos incompletos, deve-se avaliar a viabilidade econômica em função da superfície corpórea. Além do perfil de eficácia e segurança da PEG-Asp, não há medicamentos dessa classe terapêutica com registro para adultos na Anvisa.