A interseção neurobiológica entre dopamina, alimentos altamente palatáveis e obesidade: explorando um ciclo vicioso

Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial e com diversas e implicações negativas na saúde pública. Nesse contexto, o estudo examina a relação entre dependência alimentar e obesidade, com foco no impacto dos alimentos altamente processados na regulação neurobiológica e comportamental do consumo de alimentos. Objetivo: Compreender a relação entre o consumo de alimentos altamente processados ​​e a ativação de vias neurais associadas à recompensa, bem como os potenciais efeitos da desregulação destas vias no desenvolvimento da dependência alimentar e saúde metabólica. Método: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, de caráter exploratório e descritivo, através do método qualitativo, buscando abranger um amplo espectro de conhecimento acadêmico sobre a temática adotada, baseados em estudos publicados no período entre 2013 e 2023, sendo consultadas na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na base de dados do PubMed/ MedLine (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online). Resultados: Ficou evidente que a obesidade está associada a um aumento do risco de desenvolvimento de diabetes, transtornos alimentares, depressão, ansiedade e com o descontentamento com a aparência física. A presença de polimorfismo genético e mudanças na atividade de receptores e hormônios estão ligadas à obesidade e ao comportamento alimentar compulsivo. Conclusões: A compreensão dos mecanismos que provocam a compulsão alimentar são essenciais para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento da obesidade, considerando fatores comportamentais e neurobiológicos.Os impactos de intervenções, sobretudo na prevenção da morbimortalidade provenientes da obesidade, são importantes na melhoria da qualidade de vida da população.