{"title":"过去 5 年巴西儿科严重登革热病人的流行病学概况","authors":"Guilherme Souza Rocha, Vanessa Dourado Matos, Talitha Araújo Velôso Faria","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103782","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><p>A dengue é uma arbovirose que tem como principal vetor o mosquito <em>Aedes aegypti</em> e atinge toda população brasileira. Dentre os grupos vulneráveis à doença estão crianças e adolescentes, nos quais foi registrado um aumento expressivo no número de casos das formas graves nos últimos anos pós pandemia de Covid-19.</p></div><div><h3>Objetivo</h3><p>Analisar o perfil epidemiológico da dengue hemorrágica em pacientes pediátricos, conforme a delimitação temporal.</p></div><div><h3>Metodologia</h3><p>Estudo epidemiológico descritivo do tipo Ecológico, com dados disponibilizados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), sobre a epidemiologia das internações por febre hemorrágica pelo vírus da dengue em pacientes menores de 14 anos de idade, no período de 2019-2023. Foram analisadas as variáveis: Internação, Taxa de mortalidade, óbitos e valor médio por internação que ocorreram no período entre 2019-2023, confrontados, posteriormente, com os dados obtidos no primeiro ano e nos 2 anos finais do período observado.</p></div><div><h3>Resultados</h3><p>No Brasil entre 2019-2023 foram registradas 2575 internações por febre hemorrágica pelo vírus da dengue em crianças de até 14 anos de idade. A região Nordeste foi a que mais registrou casos (42,9%), seguida da região Sudeste (23,06%), Centro-Oeste (21,39%), Norte (7,33%) e Sul (5,2%). No ano de 2019 (período pré pandemia) foram registradas 802 internações. Nos anos 2020-2021, períodos de maior relevância da crise sanitária, foram registrados 280 e 339 respectivamente. Contudo, nos dois anos seguintes foi observado um aumento das internações, registrando 1.155 casos, correspondente à 44,83% dos registros nos 5 anos analisados. A taxa de mortalidade foi de 1,75% correspondendo a 45 óbitos, entre 2019-2023. No período de 2022-2023, registraram-se 19 óbitos, dos quais 36,8% foram catalogados na região Nordeste. O valor médio por internação foi de R$695,16, variando entre R$474,66 (região Sul) e R$869,44 (região Centro-Oeste).</p></div><div><h3>Conclusão</h3><p>Conclui-se que no ano de 2019, período pré pandemia, os casos de dengue grave na população pediátrica eram consideráveis. Em 2020-2021, durante a pandemia de Covid-19, observou-se uma redução no registro de formas graves da dengue e entre 2022-2023, devido ao fim do caráter emergencial pandêmico, nota-se um aumento da ocorrência de complicações nessa população específica. 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Foram analisadas as variáveis: Internação, Taxa de mortalidade, óbitos e valor médio por internação que ocorreram no período entre 2019-2023, confrontados, posteriormente, com os dados obtidos no primeiro ano e nos 2 anos finais do período observado.</p></div><div><h3>Resultados</h3><p>No Brasil entre 2019-2023 foram registradas 2575 internações por febre hemorrágica pelo vírus da dengue em crianças de até 14 anos de idade. A região Nordeste foi a que mais registrou casos (42,9%), seguida da região Sudeste (23,06%), Centro-Oeste (21,39%), Norte (7,33%) e Sul (5,2%). No ano de 2019 (período pré pandemia) foram registradas 802 internações. Nos anos 2020-2021, períodos de maior relevância da crise sanitária, foram registrados 280 e 339 respectivamente. Contudo, nos dois anos seguintes foi observado um aumento das internações, registrando 1.155 casos, correspondente à 44,83% dos registros nos 5 anos analisados. 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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE GRAVE EM PACIENTES PEDIÁTRICOS BRASILEIROS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS
Introdução
A dengue é uma arbovirose que tem como principal vetor o mosquito Aedes aegypti e atinge toda população brasileira. Dentre os grupos vulneráveis à doença estão crianças e adolescentes, nos quais foi registrado um aumento expressivo no número de casos das formas graves nos últimos anos pós pandemia de Covid-19.
Objetivo
Analisar o perfil epidemiológico da dengue hemorrágica em pacientes pediátricos, conforme a delimitação temporal.
Metodologia
Estudo epidemiológico descritivo do tipo Ecológico, com dados disponibilizados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), sobre a epidemiologia das internações por febre hemorrágica pelo vírus da dengue em pacientes menores de 14 anos de idade, no período de 2019-2023. Foram analisadas as variáveis: Internação, Taxa de mortalidade, óbitos e valor médio por internação que ocorreram no período entre 2019-2023, confrontados, posteriormente, com os dados obtidos no primeiro ano e nos 2 anos finais do período observado.
Resultados
No Brasil entre 2019-2023 foram registradas 2575 internações por febre hemorrágica pelo vírus da dengue em crianças de até 14 anos de idade. A região Nordeste foi a que mais registrou casos (42,9%), seguida da região Sudeste (23,06%), Centro-Oeste (21,39%), Norte (7,33%) e Sul (5,2%). No ano de 2019 (período pré pandemia) foram registradas 802 internações. Nos anos 2020-2021, períodos de maior relevância da crise sanitária, foram registrados 280 e 339 respectivamente. Contudo, nos dois anos seguintes foi observado um aumento das internações, registrando 1.155 casos, correspondente à 44,83% dos registros nos 5 anos analisados. A taxa de mortalidade foi de 1,75% correspondendo a 45 óbitos, entre 2019-2023. No período de 2022-2023, registraram-se 19 óbitos, dos quais 36,8% foram catalogados na região Nordeste. O valor médio por internação foi de R$695,16, variando entre R$474,66 (região Sul) e R$869,44 (região Centro-Oeste).
Conclusão
Conclui-se que no ano de 2019, período pré pandemia, os casos de dengue grave na população pediátrica eram consideráveis. Em 2020-2021, durante a pandemia de Covid-19, observou-se uma redução no registro de formas graves da dengue e entre 2022-2023, devido ao fim do caráter emergencial pandêmico, nota-se um aumento da ocorrência de complicações nessa população específica. Isso reflete a necessidade do fortalecimento de medidas profiláticas, bem como a sensibilização da população sobre essa importância.
期刊介绍:
The Brazilian Journal of Infectious Diseases is the official publication of the Brazilian Society of Infectious Diseases (SBI). It aims to publish relevant articles in the broadest sense on all aspects of microbiology, infectious diseases and immune response to infectious agents.
The BJID is a bimonthly publication and one of the most influential journals in its field in Brazil and Latin America with a high impact factor, since its inception it has garnered a growing share of the publishing market.