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O objetivo deste ensaio é perceber como, na busca de nos tornarmos pesquisadores/as antirracistas, podemos esvaziar certos sentidos e sensações de termos e/ou conceitos os retirando dos seus contextos de origem, universalizando o específico e fortalecendo o racismo epistêmico. Utilizamos o método qualitativo com ênfase na revisão bibliográfica e buscamos identificar possíveis equívocos no entendimento e utilização de conceitos como: Escrevivência (Evaristo, 2020) e Lugar de fala (Ribeiro, 2019). A problemática na utilização desses conceitos nos encaminha a pesquisas sobre o método autoetnográfico. Situado entre os métodos de pesquisa participantes, a autoetnografia possibilita a aproximação do(a) pesquisador(a) com o sujeito/território de pesquisa auxiliando-o(a) a lidar com seus próprios impulsos, sentimentos e emoções em relação ao objeto/sujeito de pesquisa e sua própria cultura. 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摘要
知识殖民化的一个方面就是通过建立知识等级制度,将知识和智慧置于次等地位。在试图用术语和概念将某些主体问题化和社会化的过程中,我们有时会将它们泛化和/或普遍化,忘记了它们的独特性和起源,剥夺了历史上处于次等地位的群体的话语权和表述权。当我们基于多元文化的差异主义和/或同化主义视角而对多样性和差异性持开放态度时,这种情况就会发生。本文的目的是要了解,在追求成为反种族主义研究者的过程中,我们如何通过将术语和/或概念从其起源背景中剥离出来,从而从术语和/或概念中抽空某些意义和感觉,使具体事物普遍化,并强化认识论上的种族主义。我们采用了注重文献回顾的定性方法,试图找出在理解和使用 Escrevivência (Evaristo, 2020) 和 Lugar de fala (Ribeiro, 2019) 等概念时可能存在的误解。这些概念使用上的问题促使我们对自述方法进行研究。在参与式研究方法中,自述式研究通过帮助研究者处理与研究对象/主体及其自身文化相关的自身冲动、感受和情绪,使研究者更接近研究对象/主体。从自传体角度进行的调查为研究人员提供了一个发言的场所,他们意识到在文化前沿地区旅行的要求,利用沉浸在所研究主题和背景中的思想家的贡献、文化方法论导向、对所获取内容的自传式解释,继续进行种族扫盲。
Escrevivência, lugar de fala e autoetnografia: a importância das pesquisas antirracistas
Um dos aspectos da colonialidade do saber é subalternizar conhecimentos e sabedorias construindo uma hierarquização do conhecimento. Na tentativa de problematizar e socializar determinados temas em seus termos e conceitos podemos, por vezes, os generalizar e ou universalizar olvidando suas singularidades e origens, tirando de grupos historicamente subalternizados o direito ao lugar de fala e de enunciação. Isso se dá quando nossa abertura para o diverso e o diferente está alicerçada em uma perspectiva multicultural diferencialista e/ou assimilacionista. O objetivo deste ensaio é perceber como, na busca de nos tornarmos pesquisadores/as antirracistas, podemos esvaziar certos sentidos e sensações de termos e/ou conceitos os retirando dos seus contextos de origem, universalizando o específico e fortalecendo o racismo epistêmico. Utilizamos o método qualitativo com ênfase na revisão bibliográfica e buscamos identificar possíveis equívocos no entendimento e utilização de conceitos como: Escrevivência (Evaristo, 2020) e Lugar de fala (Ribeiro, 2019). A problemática na utilização desses conceitos nos encaminha a pesquisas sobre o método autoetnográfico. Situado entre os métodos de pesquisa participantes, a autoetnografia possibilita a aproximação do(a) pesquisador(a) com o sujeito/território de pesquisa auxiliando-o(a) a lidar com seus próprios impulsos, sentimentos e emoções em relação ao objeto/sujeito de pesquisa e sua própria cultura. Uma investigação de perspectiva autoetnográfica se apresenta como um lugar de fala para pesquisadores/as, que, conscientes das exigências do caminhar em áreas de fronteira cultural utilizando as contribuições de pensadores(as) imersos nas temáticas e contextos em estudo; orientação metodológica cultural; autobiográfica na interpretação dos conteúdos acessados, continuam no exercício de letramento racial.