Alexandre da Silva, G. Oliveira, Paula Afonso Rodrigues de Carvalho, J. C. Andrade, Isabel Cristina Gonçalves Leite, Matheus Furtado de Carvalho
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Síndrome de Burnout em profissionais do serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU): estudo transversal
Introdução: Os profissionais que prestam atendimento direto à população representam um importante grupo de risco para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Objetivo: Rastrear a prevalência e o perfil dos profissionais atuantes no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste de Minas Gerais que apresentam sinais de esgotamento ocupacional. Material e Métodos: Foram utilizados um questionário para análise das variáveis sociodemográficas/saúde/trabalho destes profissionais e a versão traduzida do Maslach Burnout Inventory. Para comparar proporções entre as variáveis independentes e as variáveis de desfecho foram utilizados o teste Qui-quadrado com correção pelo teste de Fischer. Foram obtidas Odds Ratio brutas e ajustadas por regressão logística. Resultados: 44,7% dos profissionais apresentaram sinais de exaustão emocional. Nesse contexto, destaca-se que as mulheres estão 127% mais exaustas do que homens. A maior exaustão também esteve mais associada ao grupo dos contratados. 42,5% dos profissionais relataram baixa realização profissional. Os concursados estão 25% menos realizados e 57% menos despersonificados em comparação com os contratados. 38,3% dos profissionais demostraram sinais de despersonalização, sendo que os negros possuem 249% mais chances de desenvolver essa condição em comparação com profissionais brancos. Conclusão: A prevalência da síndrome de Burnout na população deste estudo foi de 15,6%. Profissionais com 1 ou 2 filhos possuem 653% mais chances de desenvolver tal condição quando comparados àqueles que não possuem filhos.