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Adolescência, Ensino Médio e projetos de vida na escola pública
A partir de conversações realizadas com alunas de uma escola estadual, em Fortaleza (CE), apresentamos os elementos geradores de impasses na travessia do ensino médio para a vida após a formatura. A passagem entre o lugar ocupado na infância e a construção de um lugar para si no campo do Outro é atravessada pelas incertezas acerca das possibilidades concretas de continuar os estudos depois do ensino médio. Sonhos referentes ao ingresso na universidade fizeram-se presentes, mas sempre recobertos por indagações acerca da viabilidade de entrar em uma graduação. Nos casos em que os sofrimentos psíquico e social se encontravam particularmente agudizados, as adolescentes vivenciavam uma dilatação do presente, sem projeções para o futuro. O estudo aponta para a importância de espaços nos quais os jovens possam discutir seus projetos de vida durante o ensino médio. Por meio da oferta de um lugar para falar, os determinantes sociais e subjetivos relativos ao futuro podem ser trabalhados na tentativa de romper com as repetições subjetivas e políticas que atualizam as desigualdades sociais.