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RELAÇÕES ENTRE TÉCNICA, TECNOLOGIA E LUGAR NA METRÓPOLE CONTEMPORÂNEA: UMA AGENDA DE PESQUISA
Neste artigo, busca-se refletir sobre como as técnicas influenciam o modo como percebemos o espaço e o tempo, seja por sua existência física, seja pela forma como afetam nossas sensações e nosso imaginário. Parte-se do pressuposto de que os diferentes lugares oferecem níveis bastante diversos, em termos de densidade e acessibilidade, para o uso criativo da técnica e sua transmutação em tecnologia “apropriada”. Questiona-se que cidade digital é essa que se esboça, no Brasil, em um quadro gritante de desigualdades socioespaciais, ainda mais agravadas em todas as escalas, como pode ser observado a partir da segunda década dos anos 2000? A operacionalização da noção de cidade digital permite pensar na criação/na produção de lugares digitais em diferentes escalas, da escala do quarteirão ou do bairro até aquelas da cidade e da metrópole/aglomeração metropolitana, como em “um sistema zonal de inovação distribuído em vários níveis” (KOMNINOS, 2008, p. 1). Ao final é proposta uma agenda de pesquisa a partir de quatro frentes de levantamentos empíricos, tendo como recorte a aglomeração metropolitana de Salvador-Bahia: - Política e produção cultural; - Educação; - Empreendedorismo popular; - Mapeamentos participativos/colaborativos.