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A metáfora contra a metáfora: Materialidades da Comemoração de Direitos
Neste texto, empreendo um gesto de análise no espaço da comemoração de direitos no nosso presente. Objetivo, a partir do dispositivo teórico da Análise de Discurso Materialista, ler, em sua mútua e irredutível heterogeneidade, as materialidades que sobredeterminam tal prática discursiva de comemoração, no laço contemporâneo e cotidiano que estabelecem com a língua-de-madeira do jurídico. O batimento descrição/interpretação permite avançar teoricamente numa compreensão do funcionamento do jurídico em nosso tempo, a qual, segundo penso, convoca-nos a um balanço de conceitos, distinções, momentos descritivos e explicativos. Tratarei de dar consequência a isso, esboçando uma retomada (com diferença) das formulações althusserianas – especialmente, as que se pode encontrar nos capítulos V e XI de Sobre a reprodução – acerca do Direito e do funcionamento da ideologia jurídica. Retomada essa que visa a remontá-las de Edelman (O direito captado pela fotografia) a Pêcheux (Só há causa daquilo que falha e Delimitações, inversões, deslocamentos). O batimento ora proposto fornece elementos para reposicionar andaimes: a) ressemantizar o conceito de juridismo desde o conceito de resistência; b) tornar historicamente pronunciado o conceito de hermetismo – em estado prático em O amor da língua, de Milner.