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Compreendemos que a literatura na escola passa de um momento de encantamento nos anos anteriores à alfabetização a um processo de afastamento contínuo até o possível leitor tornar-se adolescente ou adulto não-leitor. A proposta do artigo é discutir sobre a contação de histórias e a conversa literária (Bajour (2010); Cuesta (2014); Fiori (2018)) a fim de aproximar o jovem leitor da literatura, da formação do gosto e de seu status como leitor autônomo, ou seja aquele sujeito que já adquiriu uma independência a partir do conhecimento literário e é capaz de escolher por conta própria o que quer ler. Da oposição radical entre “ler para aprender” e “ler para ler” (Bombini, 2005), centramos o debate no impasse da leitura literária na escola com ênfase no papel da contação de histórias, prática ancestral que possibilita a comunhão na busca de sentidos.