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Vetores da história literária: o grupo de Arco & Flexa e o modernismo brasileiro
A construção de critérios de leitura e avaliação de obras literárias tem sido um dos eixos centrais tanto da criação quanto da deslegitimação não só das histórias da literatura mas igualmente de qualquer apreciação de conjunto de uma série de textos. No caso do modernismo, essa questão se intensifica, pois foi um movimento que pautou o olhar retrospectivo e prospectivo da literatura brasileira. Ao criar um paradigma para a sua própria avaliação, este acabou por enrijecer o movimento modernista em um discurso relativamente unívoco, perdendo o horizonte de multiplicidade dos anos 1920, em que mais de uma dezena de grupos por todo o País buscava intervir em uma nova noção de literatura nacional. Essa diversidade resultou, paradoxalmente, em um processo de marginalizações, como é o caso do modernismo baiano, pouco identificado com a linha mestra do modernismo que se consagrou. A perspectiva teórica que aqui se defende nos leva, por um lado, a reconstruir o percurso literário de um grupo como o de Arco & Flexa, por outro, a reestabelecer os seus critérios crítico-literários como parte constitutiva de sua intervenção em um momento em que a literatura brasileira se desieraquizava do ponto de vista de seus diversos núcleos de produção cultural e se horizontalizava pelo diálogo relativamente autônomo dos grupos modernistas.