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“Arqueologia do Mundo Moderno” e multiperspectivismo na abordagem sobre escravidão no Atlântico Sul
O conceito de Segunda Escravidão, cunhado pelo historiador Dale Tomich, de certa maneira coaduna com a ideia de “Arqueologia do Mundo Moderno” e a ênfase em uma Arqueologia do Capitalismo, nas definições propostas por arqueólogos como Charles Orser Jr., no primeiro caso, e Matthew Johnson, no segundo. Neste artigo a proposta é pensar sobre como o conceito de Segunda Escravidão complementa e ajuda a consolidar o entendimento de uma Arqueologia do Mundo Moderno associada a uma Arqueologia do Capitalismo, construindo uma ponte entre os debates estabelecidos no âmbito das disciplinas de história e arqueologia, particularmente dedicadas ao estudo do Mundo Atlântico dos oitocentos. Por outro lado, essas abordagens trazem um desconforto da ênfase de uma perspectiva eurocêntrica. Ressalta-se o desafio de pensar esse processo de formação do mundo moderno no plural, aumentando o espectro de perspectivas sobre ele. Não apenas tendo como parâmetro principal a perspectiva marcada pela história do capitalismo, particularmente se pensamos a experiência de africanos e afrodescendentes na Diáspora. Da reflexão sobre essas abordagens, são trazidas para a pauta, ainda, questões sobre a própria definição do campo da chamada “Arqueologia Histórica” e suas implicações.