Yuri da Silva Bonacin, Samuel dos Santos Sousa, G. M. Bueno, Amanda Chítero, J. Marques, P. Canola
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Caso não seja instituído tratamento correto, o enfisema subcutâneo progride gradativamente, podendo levar a consequências mais graves como pneumotórax, pnumomediastino e infecções secundárias por bactérias do gênero Clostridium. O objetivo deste artigo é relatar o aparecimento de enfisema subcutâneo generalizado em uma égua da raça Quarto de Milha, de 10 anos de idade, causado por ferida axilar no membro torácico esquerdo. Ao exame físico, o animal apresentou todos os parâmetros fisiológicos dentro da normalidade, o que foi observado também no hemograma. O tratamento instituído foi à base de limpeza diária da ferida com solução fisiológica e clorexidines degermante e aquoso, com manutenção de uma compressa de gaze introduzida no local, embebida em nitrofurazona com açúcar. Em auxílio à drenagem do gás subcutâneo, foi realizada terapia hídrica e antibioticoterapia sistêmica por três dias, utilizando-se penicilina potássica, metronidazol e gentamicina. Houve restrição do movimento, mantendo o animal estabulado durante o tratamento. A alta médica ocorreu após 30 dias. O presente relato visa enfatizar a necessidade de um tratamento correto e de rápida escolha, a fim de evitar complicações que possam levar o animal a óbito.","PeriodicalId":36041,"journal":{"name":"Revista Academica Ciencia Animal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-10-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Enfisema subcutâneo generalizado, decorrente de ferida perfurante em equino\",\"authors\":\"Yuri da Silva Bonacin, Samuel dos Santos Sousa, G. M. Bueno, Amanda Chítero, J. Marques, P. 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Enfisema subcutâneo generalizado, decorrente de ferida perfurante em equino
Enfisema subcutâneo é descrito como o acúmulo de gás de origem multíplice para o espaço subcutâneo, depositando-se entre os feixes e fáscias musculares. Dentre as principais origens, podemos destacar perfurações de traqueia e feridas axilares. Os equinos são altamente suscetíveis a traumas de origem mecânica, tal como lesões por empalamento, choque contra objetos inanimados e brigas entre animais. quando encontradas em locais de movimento contínuo, como axilas, as lesões fazem o movimento de sucção do ar para o espaço subcutâneo, aparecendo nestes locais o sinal clínico clássico, que é a crepitação. Caso não seja instituído tratamento correto, o enfisema subcutâneo progride gradativamente, podendo levar a consequências mais graves como pneumotórax, pnumomediastino e infecções secundárias por bactérias do gênero Clostridium. O objetivo deste artigo é relatar o aparecimento de enfisema subcutâneo generalizado em uma égua da raça Quarto de Milha, de 10 anos de idade, causado por ferida axilar no membro torácico esquerdo. Ao exame físico, o animal apresentou todos os parâmetros fisiológicos dentro da normalidade, o que foi observado também no hemograma. O tratamento instituído foi à base de limpeza diária da ferida com solução fisiológica e clorexidines degermante e aquoso, com manutenção de uma compressa de gaze introduzida no local, embebida em nitrofurazona com açúcar. Em auxílio à drenagem do gás subcutâneo, foi realizada terapia hídrica e antibioticoterapia sistêmica por três dias, utilizando-se penicilina potássica, metronidazol e gentamicina. Houve restrição do movimento, mantendo o animal estabulado durante o tratamento. A alta médica ocorreu após 30 dias. O presente relato visa enfatizar a necessidade de um tratamento correto e de rápida escolha, a fim de evitar complicações que possam levar o animal a óbito.