{"title":"O CORPO COMO DISCURSO AUTOBIOGRÁFICO","authors":"Vinicius Torres Machado, Giovanna Galisi Paiva","doi":"10.22456/2236-3254.109485","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A afirmação do real tem sido um campo de debate nas artes da cena que trabalham com aspectos performativos. Dentre os diversos modos de se trabalhar o real observa-se em profusão um tipo de teatro denominado autobiográfico. Esse teatro parece ter como impulso a elaboração de traumas individuais que dialogam com questões de interesse coletivo. O presente artigo percorre brevemente os paradigmas que envolvem a discussão do gênero autobiográfico na literatura e sua transposição para o teatro. O artigo propõe que a base autorreferencial no teatro autobiográfico se afirme não apenas pelas palavras, mas pelo corpo, que é a afirmação de uma memória física. A cicatriz torna-se o paradigma de um trauma sofrido pelo corpo e que não precisa da palavra como único intermediário artístico. Palavras-chaveAutobiografia. Teatros do Real. Corpo. Trauma. Experiência.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":"1 1","pages":"57-63"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cena","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.109485","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A afirmação do real tem sido um campo de debate nas artes da cena que trabalham com aspectos performativos. Dentre os diversos modos de se trabalhar o real observa-se em profusão um tipo de teatro denominado autobiográfico. Esse teatro parece ter como impulso a elaboração de traumas individuais que dialogam com questões de interesse coletivo. O presente artigo percorre brevemente os paradigmas que envolvem a discussão do gênero autobiográfico na literatura e sua transposição para o teatro. O artigo propõe que a base autorreferencial no teatro autobiográfico se afirme não apenas pelas palavras, mas pelo corpo, que é a afirmação de uma memória física. A cicatriz torna-se o paradigma de um trauma sofrido pelo corpo e que não precisa da palavra como único intermediário artístico. Palavras-chaveAutobiografia. Teatros do Real. Corpo. Trauma. Experiência.