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摘要
近年来,巴西出版市场在巴西图书生产和消费方面显示出积极的指数。然而,黑人作家和来自这个国家的作家仍然发现自己面临着一个非常有限的文学场景,尤其是当他们的文本致力于打击种族主义和赋予黑人权力的话语时。正如我们在过去几个世纪看到的那样,在21世纪,高昂的成本、利益和当前的编辑期望迫使黑人作家选择将自己的文本提交给自己负责的版本或小型出版社的作品。Lande Onawale出版了《卡伦加:无尽大海的诗》(2011)一书,他的编辑经历在这里被研究,作为一个起点,以准确理解作者作为文本编辑的这些生产条件,并感知种族主义和出版市场之间的边界关系。从弗朗西斯·唐·麦肯齐(Francis Don McKenzie)的社会学批评的理论和方法论阐述,在他所谓的文本社会学中,我们试图理解这些作家在面对出版市场强加给他们的障碍时所经历的挑战。
A poesia antirracista de Lande Onawale, em Kalunga: na mira do mercado editorial
Nos últimos anos, o mercado editorial brasileiro tem apresentado índices positivos na produção e no consumo de livros no Brasil. No entanto, escritores e escritoras negras, desse país, ainda se veem diante de uma cena literária bastante restrita, sobretudo quando os seus textos se comprometem com um discurso de combate ao racismo e de empoderamento negro. Tal como verificávamos nos séculos passados, no século XXI, os altos custos, os interesses e as expectativas editoriais vigentes impõem aos autores negros a alternativa de submeter os seus textos a edições de responsabilidade própria ou ao trabalho das pequenas casas editoriais. A experiência editorial de Lande Onawale, com a publicação de seu livro Kalunga: poemas de um mar sem fim (2011), é estudada aqui, como um ponto de partida, para compreendermos exatamente essas condições de produção em que o autor é o editor do próprio texto, bem como para se perceber as relações limites entre o racismo e o mercado editorial. A partir das articulações teórico-metodológicas da crítica sociológica de Francis Don Mckenzie, no que ele chamou de Sociologia dos Textos, buscamos aqui compreender os desafios vivenciados por esses escritores diante dos obstáculos que lhe são impostos pelo mercado editorial.