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PERCEPÇÕES DOS JOVENS CEGOS DA PAISAGEM URBANA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.
A paisagem, historicamente, é o conceito geográfico de maior apelo imagético, contribuindo, dessa maneira, para a afirmação da visão como forma privilegiada de apreensão da análise geográfica. Todavia, a experiência com o espaço e, portanto, com a paisagem é mais ampla e dialoga com todos os sentidos do corpo, sendo necessário alargar as investigações sobre a diversidade de sujeitos que experimentam e percebem as paisagens. Partindo dessa problemática, o objetivo desse artigo é revelar as percepções das paisagens urbanas da cidade do Rio de Janeiro pelos jovens cegos e de baixa visão, como também refletir sobre elas. Para tanto, construímos um desenho de pesquisa que contemplou a realização de entrevistas com estes e a elaboração de uma cartografia dos seus trajetos pela cidade. Essa pesquisa, realizada ao longo do mestrado, revelou a importância de alargarmos nosso olhar para o conceito de paisagem, em que a “limitação” do exercício da visão mobiliza outros sentidos, traduzindo percepções singulares sobre a cidade. A investigação conduziu também a uma discussão sobre o direito à cidade. Nesse sentido, os(as) cegos(as), os(as) idosos(as), os(as) cadeirantes e outros(as) sujeitos que foram invisibilizados(as) pelas políticas urbanas precisam ser ouvidos(as) e considerados(as) no processo de produção e compreensão da cidade.
Palavras-chave: paisagem urbana, percepção, cegos, baixa visão.