{"title":"与行动研究相结合的关于隆多尼亚亚马逊古代历史教学的戏剧化阅读和对话","authors":"Adriane Pesovento, Cynthia Cristina Ferreira Mota","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p014-033","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem como propósito levantar questões e propiciar reflexões sobre estratégias didáticas para o ensino e aprendizagem de conteúdos de história, por meio de experiências teatrais (leituras dramatizadas) vividas pelo Grupo de Teatro Greco-Romano Medeia que se encontra na Amazônia rondoniense. A presença do ausente faz-se notar ao imaginar o passado que ganha “corpos” por meio de performances que expressam outros tempos e assunto, em especial os temas da História Antiga, estudados na contemporaneidade. A metodologia adotada foi a pesquisa-ação, na medida em que se propõe e pratica a extensão universitária, investiga-se o fazer, observando-o, estudando e de algumas maneiras ao recriar acontecimentos, espaços e definições cognitivas na seara de pensar e trazer ao centro o mundo da antiguidade clássica. O estudo e as ações guardam preocupações evidentes, no que concerne anacronismo histórico, todavia, depreende-se que o passado não está enterrado e sim transita no presente, com faces distintas, mas que em muitos sentidos sugerem a presença do ancestral nos fazeres e pensares, ou seja, há uma preocupação em ler o presente em diálogo com o que já foi e que subsiste nos comportamentos e percepções humanas. Assim, toma-se como ponto de reflexão a perspectiva de que o passado não está morto e enterrado, ainda que em materialidade esteja, mas, como produtor de culturas, ele é revisitado a todo momento com intencionalidade de quem o teoriza, escreve, e, de quem lê e estuda na atualidade. Mediante o exposto, concorda-se com a concepção de Bachelard (2013) no que diz respeito a imaginação, que ela sempre será mais do que viver e também com Ricoeur (2007), pois, para ele a imaginação tem como pressuposto o irreal, o fictício, bem como outros traços não posicionais, os quais encontram-se no aporte teórico desses autores que circulam na abordagem da pesquisa. O passado-presente, reinventado para produzir conhecimento e aproximar os que ouvem e veem era o objetivo da intervenção didática/extensão, que se faz enquanto pesquisa-ação. No campo dos elementos procedimentais da pesquisa adotou-se a observação contínua e também o envolvimento dos participantes, ou seja, os que estiveram à frente da proposta de extensão, os estudantes do curso de licenciatura em história, os docentes, e de modo mais apurado as expressões da comunidade que vivenciou as leituras dramatizadas. 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Leituras dramatizadas e diálogos sobre ensino de história antiga na Amazônia rondoniense em interface com a pesquisa-ação
Este artigo tem como propósito levantar questões e propiciar reflexões sobre estratégias didáticas para o ensino e aprendizagem de conteúdos de história, por meio de experiências teatrais (leituras dramatizadas) vividas pelo Grupo de Teatro Greco-Romano Medeia que se encontra na Amazônia rondoniense. A presença do ausente faz-se notar ao imaginar o passado que ganha “corpos” por meio de performances que expressam outros tempos e assunto, em especial os temas da História Antiga, estudados na contemporaneidade. A metodologia adotada foi a pesquisa-ação, na medida em que se propõe e pratica a extensão universitária, investiga-se o fazer, observando-o, estudando e de algumas maneiras ao recriar acontecimentos, espaços e definições cognitivas na seara de pensar e trazer ao centro o mundo da antiguidade clássica. O estudo e as ações guardam preocupações evidentes, no que concerne anacronismo histórico, todavia, depreende-se que o passado não está enterrado e sim transita no presente, com faces distintas, mas que em muitos sentidos sugerem a presença do ancestral nos fazeres e pensares, ou seja, há uma preocupação em ler o presente em diálogo com o que já foi e que subsiste nos comportamentos e percepções humanas. Assim, toma-se como ponto de reflexão a perspectiva de que o passado não está morto e enterrado, ainda que em materialidade esteja, mas, como produtor de culturas, ele é revisitado a todo momento com intencionalidade de quem o teoriza, escreve, e, de quem lê e estuda na atualidade. Mediante o exposto, concorda-se com a concepção de Bachelard (2013) no que diz respeito a imaginação, que ela sempre será mais do que viver e também com Ricoeur (2007), pois, para ele a imaginação tem como pressuposto o irreal, o fictício, bem como outros traços não posicionais, os quais encontram-se no aporte teórico desses autores que circulam na abordagem da pesquisa. O passado-presente, reinventado para produzir conhecimento e aproximar os que ouvem e veem era o objetivo da intervenção didática/extensão, que se faz enquanto pesquisa-ação. No campo dos elementos procedimentais da pesquisa adotou-se a observação contínua e também o envolvimento dos participantes, ou seja, os que estiveram à frente da proposta de extensão, os estudantes do curso de licenciatura em história, os docentes, e de modo mais apurado as expressões da comunidade que vivenciou as leituras dramatizadas. A baliza temporal que entremeou o estudo corresponde o período entre os anos de 2017 e 2018.