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A ‘INVENÇÃO’ DO ANTROPOCENTRISMO: UMA ABORDAGEM DECOLONIAL
Propomo-nos, aqui, uma abordagem decolonial do antropocentrismo, em três momentos. No primeiro, analisaremos a separação "Natureza" e "culturas" e "humanos" e "não-humanos", dualismos típicos do antropocentrismo, invenção da modernidade/colonialidade. No segundo, concentrar-nos-emos na instituição do "direito natural" como "direito dos povos", para arbitrar conflitos entre Estados-nações em seus respectivos projetos coloniais. No terceiro, indagaremos acerca da imprescindibilidade de se "voltar aquém" do dualismo "Natureza/culturas" no intuito de nos libertarmos do círculo vicioso no interior do qual vivemos aprisionados. Na conclusão, em alternativa às atitudes de exterioridade, superioridade e instrumentalidade típicas do antropocentrismo moderno/colonial, proporemos relações de pertença, interação e cuidado para com todas as expressões de vida do planeta: humanos, seres vivos e entes que povoam o cosmos. Trata-se de privilegiar relações e movimentos em contínuo processo de composição entre organismos, espécies e coletivos.