希特勒成为阴谋的目标

IF 0.2 3区 历史学 Q2 HISTORY Revista Brasileira de Historia Pub Date : 2023-05-01 DOI:10.1590/1806-93472023v43n93-21
Wilson de Oliveira Neto
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Até porque declarações antissemitas são recorrentes na sociedade brasileira, apesar dos esforços das leis e de instituições de que, entre outras, serve de exemplo o Museu do Holocausto, em Curitiba. Não são novidades crenças que atribuem o que ocorre ao nosso redor a um plano perverso de dominação de um grupo obscuro de pessoas. Tais crenças, expressas por teorias conspiratórias, são exploradas por meio do cinema, da literatura ou mesmo da política. Contudo, a partir deste século elas parecem ganhar um novo impulso por intermédio da internet e, especificamente, das redes sociais, assim como pela disseminação da desinformação e das notícias falsas, que tornam difícil o discernimento entre verdade e inverdade (Evans, 2022). As teorias conspiratórias envolvem eventos reais variados. 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摘要

那是2000年,这篇评论的作者正在读二年级。这是一门预备学科。在一节课上,负责的老师发表了一篇与课内容完全无关的评论,几乎专横地暗示,犹太人主导着国际经济和政治。老师的一拳足以在她和在场的两个学生之间引发一场口角,直到下课时才结束。这是作者第一次接触到一个古老的阴谋论,关于犹太人通过金融和政治体系统治世界。然而,这不会是他最后一次听到这样的挑衅。尤其是因为反犹言论在巴西社会反复出现,尽管法律和机构做出了努力,库里蒂巴的大屠杀博物馆就是一个例子。并不是新的信仰将我们周围发生的事情归因于一群黑暗的人统治的邪恶计划。这些信念,通过阴谋论表达,被电影,文学,甚至政治探索。然而,从本世纪开始,他们似乎通过互联网,特别是社交网络,以及虚假信息和假新闻的传播获得了新的动力,这使得真假很难辨别(Evans, 2022)。阴谋论涉及各种各样的真实事件。然而,“阴谋论和‘另类事实’的传播比关于第三帝国历史的修正主义假设和解释更明显……理查德·j·埃文斯(Richard J. Evans, 2022,第11页)在引言中说
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Hitler na mira das conspirações
O ano era 2000, e o autor desta resenha cursava o segundo ano da Graduação. Tratava-se de uma disciplina propedêutica. Durante uma das aulas, a professora responsável, em um comentário que não tinha ligação alguma com o conteúdo daquela aula, sugeriu, em tom quase peremptório, que os judeus dominavam a economia e a política internacionais. A estocada da professora foi o bastante para, dali em diante, desencadear-se um bate-boca entre ela e dois alunos presentes, o que só se encerrou com o término da aula. Foi a primeira vez que o autor entrou em contato com uma antiga teoria conspiratória a respeito de uma suposta dominação mundial exercida pelos judeus, por meio dos sistemas financeiro e político. Não seria, porém, a última ocasião em que ele ouviria provocações semelhantes. Até porque declarações antissemitas são recorrentes na sociedade brasileira, apesar dos esforços das leis e de instituições de que, entre outras, serve de exemplo o Museu do Holocausto, em Curitiba. Não são novidades crenças que atribuem o que ocorre ao nosso redor a um plano perverso de dominação de um grupo obscuro de pessoas. Tais crenças, expressas por teorias conspiratórias, são exploradas por meio do cinema, da literatura ou mesmo da política. Contudo, a partir deste século elas parecem ganhar um novo impulso por intermédio da internet e, especificamente, das redes sociais, assim como pela disseminação da desinformação e das notícias falsas, que tornam difícil o discernimento entre verdade e inverdade (Evans, 2022). As teorias conspiratórias envolvem eventos reais variados. Porém, em nenhum lugar “a propagação de teorias da conspiração e de ‘fatos alternativos’ tornou-se mais óbvia do que nas hipóteses e explicações revisionistas acerca da história do Terceiro Reich [...]”, afirma Richard J. Evans (2022, p. 11) na introdução
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