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Para execução ou realização da pesquisa, alguns passos foram trilhados, tais como: a) determinação do escopo da pesquisa e adoção dos dois primeiros atlas linguísticos realizados no Brasil, o Atlas Prévio dos Falares Baianos (ROSSI, 1963) e o Atlas Lingüístico de Sergipe (FERREIRA et. al., 1987); b) realização de uma leitura bastante criteriosa das introduções dos atlas selecionados; c) levantamento dos dados; d) elaboração de planilhas com a cronologia dos fatos encontrados; e) a construção de um painel expositivo, que demonstra a relevância do trabalho das mulheres para os avanços da Dialetologia e da Geografia Linguística brasileiras e f) fez-se ampla consulta aos registros fotográficos e fichas de pesquisa de campo, objetivando ilustrar os momentos vivenciados pelas equipes dos atlas, APFB e ALS. 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A mulher na dialetologia brasileira: tinha Nascentes razão?
Neste trabalho, de cunho histórico e documental, tem-se por meta evidenciar o importante papel desempenhado pelas mulheres na e para a Dialetologia brasileira. Para tal intento, ao tomar por base a preocupação de Antenor Nascentes, em 1958, na obra Bases para elaboração do atlas linguístico do Brasil, quando afirmou que [...] para a tarefa de colheita de material as mulheres são menos adequadas do que os homens... (NASCENTES, 1958, p. 7), procura-se trazer à tona os caminhos feitos pelos dialetólogos e dialetólogas, a fim de destacar a enorme contribuição feminina para o desenvolvimento da ciência dialetal. Para execução ou realização da pesquisa, alguns passos foram trilhados, tais como: a) determinação do escopo da pesquisa e adoção dos dois primeiros atlas linguísticos realizados no Brasil, o Atlas Prévio dos Falares Baianos (ROSSI, 1963) e o Atlas Lingüístico de Sergipe (FERREIRA et. al., 1987); b) realização de uma leitura bastante criteriosa das introduções dos atlas selecionados; c) levantamento dos dados; d) elaboração de planilhas com a cronologia dos fatos encontrados; e) a construção de um painel expositivo, que demonstra a relevância do trabalho das mulheres para os avanços da Dialetologia e da Geografia Linguística brasileiras e f) fez-se ampla consulta aos registros fotográficos e fichas de pesquisa de campo, objetivando ilustrar os momentos vivenciados pelas equipes dos atlas, APFB e ALS. Com esse resgate, espera-se que se descortinem histórias de pesquisa in loco que, por vezes, não aparecem nas publicações, mas que são muito importantes para o desempenho do trabalho de pesquisadores e pesquisadoras da Geolinguística brasileira.