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língua de sinais na relação transferencial e sua dupla posição em relação à lalangue
Este trabalho se originou no atendimento psicanalítico de crianças com surdez e seus familiares. Considerou-se, na singularidade do encontro entre o analista e o sujeito, a língua de sinais como nó inquietante ao redor da qual o Real da transferência era percebido em seus efeitos e a posição ocupada pela criança no discurso materno evidenciava-se. Os efeitos da língua de sinais transitavam entre o incômodo, com tentativas de impedir sua circulação no discurso, e o apaziguamento, em momentos em que trazia sentido e fazia movimentar a cadeia de significantes. Para além da especificidade dos conteúdos analisados, pretende-se expor considerações quanto à língua materna dos sujeitos com surdez, articulando-a com conceitos referentes à dinâmica pulsional dos objetos a - voz e olhar. Tais objetos se apresentaram de modo singular e suas particularidades estiveram relacionadas à língua materna e ao modo como ela se colocou para os sujeitos quando ocorreu o diagnóstico da surdez. Para atingir os objetivos propostos, foram utilizados trechos dos casos clínicos analisados a fim de contribuir para o desenvolvimento das proposições e articulações teóricas.