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Nos limites da humanidade: necropolítica, direitos humanos e ilegibilidade estatal no Brasil*
Neste texto analiso os mecanismos pelos quais agentes estatais mobilizam regimes de verdade e retoricas de direitos humanos para racionalizar e, ao mesmo tempo, ocultar rastros de brutalidade deixados por diferentes formas de violencia estatal. Para explicitar e discutir estes mecanismos, descrevo uma experiencia etnografica envolvendo instituicoes juridicas, universitarias e movimentos sociais em torno da investigacao da morte de uma pessoa em situacao de rua, em Porto Alegre, no contexto da Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil. Com isso, busco situar, em meio ao poder necropolitico, as ferramentas discursivas e institucionais que permitem ao Estado negar-se como perpetuador do terror frente a uma ampla campanha pela garantia dos direitos humanos das pessoas em situacao de rua.