Eleonoura Enoque da Silva, Martha Solange Perrusi, A. H. A. D. Moraes
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Sófocles escreveu a tragédia Antígona – peça representada pela primeira vez em 441 a.C, em Atenas –, que tem como tema central um problema prático de conduta, envolvendo aspectos morais e políticos. Nessa obra, o tragediógrafo colocou questões fundamentais para discussão e reflexão, principalmente a do limite da autoridade do Estado sobre a consciência individual e o conflito entre a lei não escrita e a lei escrita. Nosso propósito, neste trabalho será analisar como Aristóteles, em sua obra Retórica, discute o tema e as questões fundamentais de Antígona, a partir dos conceitos de lei, justiça e equidade. Continuaremos nossa análise com um pensador contemporâneo, Cornelius Castoriadis, que considera ser a tragédia, um dos mecanismos de instituição da democracia grega, isto é, do exercício político na polis. Com base nas ideias desses autores, pretendemos primeiro discutir o conflito, entre as leis, à luz da retórica aristotélica e num segundo momento discutir o bom senso x descomedimento, a partir de considerações trazidas por Castoriadis.