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No texto Sobre deuses e caquis (1987), logo no primeiro parágrafo, Rubem Alves se queixa da forma como o seu texto foi redigido. Ele pede desculpas ao leitor/a por ter escrito um livro tão chato e diz que foi obrigado a escrever de acordo com o rigor acadêmico, de maneira impessoal, como se fosse escrito por todos e por ninguém. Ao final do livro, novamente, um alerta ao leitor/a: “leiam este texto pensando no poema que poderia ter sido, mas não foi. Bem que quis ser poema, mas não sabia como, e nem pôde…” (Alves, 1987, p. 27) A impressão que Rubem Alves passa é de que na poesia/poema há certa liberdade e fruição que escapam quando são transformadas em prosas dissertativas e argumentativas.
期刊介绍:
Numen publishes papers representing the most recent scholarship in all areas of the history of religions. It covers a diversity of geographical regions and religions of the past as well as of the present. The approach of the journal to the study of religion is strictly non-confessional. While the emphasis lies on empirical, source-based research, typical contributions also address issues that have a wider historical or comparative significance for the advancement of the discipline. Numen also publishes papers that discuss important theoretical innovations in the study of religion and reflective studies on the history of the discipline.