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Os dados foram analisados atraves de estatistica descritiva, de analise de correlacao e de inferencia estatistica (teste de Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney), considerando-se um intervalo de confianca de 95%. Resultados – Dos 151 individuos avaliados, 64 tinham menos de 65 anos (42,4%), incluindo 10 com menos de 45 anos (6,6%). O genero masculino foi o mais atingido e a maioria dos casos foram AVC isquemicos. Os mais jovens apresentaram um melhor desempenho funcional, maior percentagem de elementos com marcha autonoma e melhor mobilidade funcional. Estas diferencas sao estatisticamente significativas ao comparar os resultados do TUG dos individuos em idade ativa com os idosos (p=0,004) e da MAS entre os menores de 45 anos com os maiores de 65 (p=0,048). A maioria dos utentes avaliados encontrava-se em risco de queda, constatando-se uma associacao entre a idade e o risco de queda. Verificou-se uma correlacao negativa entre as variaveis MAS e TUG. Conclusoes – Com este estudo, pelas suas dimensoes e limitacoes, nao e possivel elaborar consideracoes definitivas sobre o AVC em idade ativa e as suas repercussoes funcionais; no entanto, pretende contribuir para uma reflexao sobre esta tematica. Os fisioterapeutas deverao estar conscientes das necessidades especificas desta populacao e adaptar a sua intervencao de modo a minimizar o impacto desta condicao na qualidade de vida dos individuos.","PeriodicalId":30555,"journal":{"name":"Saude Tecnologia","volume":"19 1","pages":"27-34"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-10-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Acidente vascular cerebral em idade ativa: caracterização dos utentes enviados para a fisioterapia\",\"authors\":\"Carla Pimenta\",\"doi\":\"10.25758/SET.2191\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introducao – O acidente vascular cerebral (AVC) aumenta com a idade. No entanto, as incapacidades resultantes do AVC numa populacao jovem e ativa tem um grande impacto no individuo e na sociedade. 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Acidente vascular cerebral em idade ativa: caracterização dos utentes enviados para a fisioterapia
Introducao – O acidente vascular cerebral (AVC) aumenta com a idade. No entanto, as incapacidades resultantes do AVC numa populacao jovem e ativa tem um grande impacto no individuo e na sociedade. Objetivo – Analisar as caracteristicas pessoais, clinicas e funcionais dos individuos com AVC em idade ativa, verificando a associacao entre variaveis e comparando os seus resultados com os individuos idosos com AVC. Metodo – Estudo observacional, descritivo e transversal. A populacao em estudo foram os individuos com AVC enviados para a fisioterapia num hospital terciario, em regime ambulatorio, num periodo de tres anos. Foram recolhidos dados de caracterizacao pessoal e clinica; aplicou-se a Motor Assessment Scale (MAS) e realizou-se o Timed Up and Go Test (TUG). Os dados foram analisados atraves de estatistica descritiva, de analise de correlacao e de inferencia estatistica (teste de Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney), considerando-se um intervalo de confianca de 95%. Resultados – Dos 151 individuos avaliados, 64 tinham menos de 65 anos (42,4%), incluindo 10 com menos de 45 anos (6,6%). O genero masculino foi o mais atingido e a maioria dos casos foram AVC isquemicos. Os mais jovens apresentaram um melhor desempenho funcional, maior percentagem de elementos com marcha autonoma e melhor mobilidade funcional. Estas diferencas sao estatisticamente significativas ao comparar os resultados do TUG dos individuos em idade ativa com os idosos (p=0,004) e da MAS entre os menores de 45 anos com os maiores de 65 (p=0,048). A maioria dos utentes avaliados encontrava-se em risco de queda, constatando-se uma associacao entre a idade e o risco de queda. Verificou-se uma correlacao negativa entre as variaveis MAS e TUG. Conclusoes – Com este estudo, pelas suas dimensoes e limitacoes, nao e possivel elaborar consideracoes definitivas sobre o AVC em idade ativa e as suas repercussoes funcionais; no entanto, pretende contribuir para uma reflexao sobre esta tematica. Os fisioterapeutas deverao estar conscientes das necessidades especificas desta populacao e adaptar a sua intervencao de modo a minimizar o impacto desta condicao na qualidade de vida dos individuos.