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EXPANSÃO DO AGRONEGÓCIO NA AMAZÔNIA: DINÂMICAS E CONTRADIÇÕES
O presente trabalho propõe analisar o atual movimento de expansão das fronteiras agrícolas tecnificadas na Amazônia Brasileira, uma região cuja centralidade é de fundamental relevância para o Brasil e o mundo. Essas fronteiras deverão ser reconstruídas através de conceitos como fronteira (MARTINS, 2014), território usado (SANTOS, 1999; RIBEIRO, 2005) e contradições (HARVEY, 2016), uma abordagem que procura reconhecer a criação de paisagens geográficas mais favoráveis à reprodução do capital, no contexto do seu avanço no campo, das novas formas de relação que vem estabelecendo com o Estado e o território e das repercussões sociais e ambientais. Nesse sentido, a pesquisa centra suas possibilidades teóricas na ótica da acumulação capitalista e nas tentativas de alisamento do espaço econômico, na dinâmica do mercado, na atuação do Estado e no confronto entre interesses dominantes e formas de produzir pré-existentes. Na percepção da contradição, é possível desvendar os conflitos, procurando destacar como a aparente resolução gradual coincide com o processo de intensificação da integração da região ao fluxo do comércio internacional. Nesse caminho analítico é possível reconhecer essa fronteira como projeto dos mais poderosos e como espaço dos que lutam pela vida no âmbito da ordem dominante verticalizada e excludente.