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Uma mulher é uma terceira margem: o corpo, as águas, o sangue e tudo o que (não) é fluido em A mulher submersa, de Mar Becker
Os silêncios sobre o corpo feminino podem ganhar lugar na poesia. Nela, os fluídos dizem sobre aquilo que escapa ao/do corpo: o sangue, o sêmen, o suor, o choro. Se a poesia é uma forma de se aproximar do indizível do corpo (PRIGENT, 2017), então, através das imagens que a letra coloca no papel proponho uma leitura psicanalítica de alguns poemas do livro A mulher submersa, de Mar Becker. No livro, dividido em quatorze cadernos, o corpo feminino se desenha a partir do que dele sai, do que se perde e do que escorre. Mulheres, vivas ou mortas, são evocadas de diversos modos. Algumas questões, assim, guiam este artigo: De que modo podemos pensar o corpo feminino a partir da poesia? O que a poesia diz sobre o corpo feminino? E sobre o feminino? A análise se dá, principalmente, a partir de pressupostos de Freud e de Lacan, mas também em diálogo com outras produções contemporâneas, artísticas e teóricas.