Pedro Paulo de Abreu Teles, Guilherme Araújo Lima, Sabrina Neves da Silva, Robert Aldo Iquiapaza
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No entanto, quando o desempenho é analisado sob a óptica de modelos multifatoriais de risco, é possível identificar geração de alfa positiva durante o período pré-crise e negativa (destruição de valor) durante o período de crash. Além disso, ao examinar os fluxos de investimento, pode-se perceber que não houve um fenômeno de “corrida” para realizar o resgate da cota. Na realidade, durante quase todo o período analisado, as captações excederam os resgates. Isso pode indicar que o investidor cotista de fundos está mais educado financeiramente e que agiu com mais cautela ao aguardar um momento menos turbulento. O artigo conclui que a indústria vinha de um bom desempenho no período pré-crise, que foi interrompido por um período de destruição de valor durante o momento de maior turbulência e que, por fim, durante o período de recuperação, o desempenho foi inferior ao do índice de mercado, mas sem geração ou destruição significativa de valor.","PeriodicalId":30684,"journal":{"name":"Revista Catarinense da Ciencia Contabil","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Desempenho e risco de fundos de investimento em ações brasileiros no contexto da pandemia de COVID-19\",\"authors\":\"Pedro Paulo de Abreu Teles, Guilherme Araújo Lima, Sabrina Neves da Silva, Robert Aldo Iquiapaza\",\"doi\":\"10.16930/2237-7662202232821\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O objetivo da pesquisa foi analisar como os fundos de investimento em ações brasileiros se comportaram durante o período da Covid-19. 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Desempenho e risco de fundos de investimento em ações brasileiros no contexto da pandemia de COVID-19
O objetivo da pesquisa foi analisar como os fundos de investimento em ações brasileiros se comportaram durante o período da Covid-19. A análise foi dividida em 3 sub-períodos: (i) pré-crise (2019-10-03 a 2020-01-31); (ii) crash (2020-02-19 a 2020-03-23); (iii) e recuperação (2020-03-24 a 2020-04-30). Os principais resultados mostraram que durante o período de crash em todas as categorias mais de 50% dos fundos obtiveram retorno superior ao IBRX100. Porém, no período de recuperação o cenário se inverte e a grande maioria dos fundos passa a ter um desempenho inferior ao do índice. No entanto, quando o desempenho é analisado sob a óptica de modelos multifatoriais de risco, é possível identificar geração de alfa positiva durante o período pré-crise e negativa (destruição de valor) durante o período de crash. Além disso, ao examinar os fluxos de investimento, pode-se perceber que não houve um fenômeno de “corrida” para realizar o resgate da cota. Na realidade, durante quase todo o período analisado, as captações excederam os resgates. Isso pode indicar que o investidor cotista de fundos está mais educado financeiramente e que agiu com mais cautela ao aguardar um momento menos turbulento. O artigo conclui que a indústria vinha de um bom desempenho no período pré-crise, que foi interrompido por um período de destruição de valor durante o momento de maior turbulência e que, por fim, durante o período de recuperação, o desempenho foi inferior ao do índice de mercado, mas sem geração ou destruição significativa de valor.