Controle cultural de plantas daninhas em pastagens

A recuperação de áreas de pastagens degradadas baseia-se na utilização eficiente da gramínea forrageira visando minimizar a interferência das plantas daninhas. Objetivou-se avaliar o efeito de densidades de semeadura na variação populacional de plantas daninhas sob condição de reforma de pastagem cultivada de Urochloa brizantha cv. Marandu. Adotou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro repetições e os tratamentos constituídos de cinco densidades de semeadura: 0%, 25%, 50%, 75% e 100% estabelecidas em função da recomendação de uso do capim-marandu (15 kg ha-1) baseado no valor cultural (60% de pureza e 60% de germinação). A identificação e quantificação das plantas daninhas foram realizadas aos 7, 14, 21, 28, 35, 42 e 49 dias após a emergência (DAE). A matéria seca das plantas daninhas foi obtida aos 49 DAE e as parcelas foram avaliadas quanto as características estruturais e produtivas da forrageira. Com os dados de matéria seca das plantas daninhas determinou-se a importância relativa pelo índice de valor de importância das espécies do estudo. Os resultados foram submetidos a análise de variância, e quando significativos realizou-se análise de regressão. Verificou-se redução gradativa no número total de indivíduos m-2 da comunidade infestante de acordo com o aumento na densidade de semeadura, chegando à 55% de redução na densidade de semeadura de 75% aos 42 DAE. A competição entre as espécies estabelece-se logo no período inicial de convivência e contribui para a baixa produção de matéria seca do capim-marandu semeado à 25% da recomendação de uso.