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Ao partir da crítica de que as teorias morais tradicionais não se ocuparam dos problemas da desigualdade de gênero nos papeis morais, este artigo busca apresentar o cuidado como uma habilidade fundamental humana a ser desenvolvida pelo agente moral. Situa-se a condição de vulnerabilidade na base da abordagem moral, deslocando-se o agente moral autônomo do centro das teorias, para considerar o aspecto relacional do ser humano que, ao longo de sua vida, depara-se com diferentes dimensões da vulnerabildiade e é afetado por experiências de vulnerabilidade, de maior ou menor intensidade e duração. Defende-se a necessidade de formação de agentes morais completos, não mais separados por habilidades morais limitadas à atribuição de papeis sociais fixos orientados por gênero. A partir disso, explora-se uma complementaridade entre cuidado e direitos na formação do agente moral.