Vitória Andrade Rodrigues Moreira, Luiz Carlos de Abreu, Janaína Paula Costa da Silva, Gabrielle Do Amaral Virginio Pereira, Norrayne Nascimento Lyrio Pereira, Ramona Dutra Uliana, Ruth Paganini Rodrigues, Míriam Carmo Rodrigues Barbosa, Tamires Dos Santos Vieira, Tassiane Cristina Morais
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Obesidade materna e suas repercussões sobre melatonina e cortisol no leite materno e colostro humano
Introdução: evidências científicas enfatizam que disrupções cronobiológicas podem promover a obesidade por mecanismos envolvendo ação de importantes hormônios marcadores do ritmo circadiano: a melatonina e cortisol. Estes hormônios estão presentes no colostro humano e representam importante mecanismo de proteção materno infantil frente à obesidade e infecções infantis, devido à intensa interação entre mãe e filho durante a gravidez e amamentação. Assim, os hormônios melatonina e cortisol presentes no colostro humano representam promissores candidatos para fornecer resultados com capacidade de aplicação clínica e de embasamento de futuras estratégias de intervenção com enfoque na redução da obesidade e de infecções neonatais. Entretanto, são escassos os estudos na literatura sobre o tema.
Objetivo: analisar as repercussões da obesidade materna sobre os níveis e as ações da melatonina e do cortisol no colostro e leite materno.
Método: foi realizada uma revisão sistematizada da literatura científica seguindo as recomendações do protocolo Prisma. Foram pesquisados artigos originais, publicados em inglês, nas bases de dados PubMed, Medline, Lilacs e Scopus. Não houve restrição quanto ao ano de publicação.
Resultados: foram identificados 37 artigos nas bases de dados pesquisados, 15 artigos foram excluídos por estarem duplicados, após aplicação do critério de inclusão e exclusão apenas 5 estudos tiveram relação ao tema, sendo 2 estudos abordando sobre melatonina e 3 pesquisas que analisaram o cortisol. Esta revisão mostrou que a melatonina está elevada em colostro de obesas e para este grupo ela possui potencial de restaurar atividade de fagócitos e de elevar a proliferação de linfócitos. Os estudos sobre o cortisol ilustraram que os níveis deste hormônio no leite materno não foram alterados pela obesidade materna.
Conclusão: o aleitamento materno deve ser encorajado para todos os públicos, assim como mais pesquisas originais devem ser desenvolvidas para descrever os mecanismos protetores do colostro e leite materno.