{"title":"好客与命名宗教:暴力之外的身份认同","authors":"João Manuel Duque","doi":"10.20911/21768757v52n3p775/2020","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Partindo de uma noção fechada de identidade, seja pela sua redução territorial seja pela sua redução cultural ou mesmo individual, que poderia encontrar apoio numa concepção de religião como posse exclusiva da referência a um único Deus verdadeiro ou como processo sacrificial, chegar-se-á a uma relação inevitável entre religião e violência. Propõe-se aqui um outro princípio, inspirado em Paul Ricoeur, Jacques Derrida, Jan Patocka e Emmanuel Levinas, que explora a dimensão excessiva e gratuita do religioso, interpretado como responsabilidade e com aplicação concreta no dinamismo da hospitalidade incondicional. Isso origina identidades religiosas nómadas, as quais estariam, em princípio, imunes à possibilidade de violência, a não ser que se trate de uma “violência” contra a violência, por exigência identitária.","PeriodicalId":53827,"journal":{"name":"Perspectiva Teologica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.3000,"publicationDate":"2020-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"HOSPITALIDADE E RELIGIÃO NÓMADA: IDENTIDADE PARA ALÉM DA VIOLÊNCIA\",\"authors\":\"João Manuel Duque\",\"doi\":\"10.20911/21768757v52n3p775/2020\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Partindo de uma noção fechada de identidade, seja pela sua redução territorial seja pela sua redução cultural ou mesmo individual, que poderia encontrar apoio numa concepção de religião como posse exclusiva da referência a um único Deus verdadeiro ou como processo sacrificial, chegar-se-á a uma relação inevitável entre religião e violência. Propõe-se aqui um outro princípio, inspirado em Paul Ricoeur, Jacques Derrida, Jan Patocka e Emmanuel Levinas, que explora a dimensão excessiva e gratuita do religioso, interpretado como responsabilidade e com aplicação concreta no dinamismo da hospitalidade incondicional. Isso origina identidades religiosas nómadas, as quais estariam, em princípio, imunes à possibilidade de violência, a não ser que se trate de uma “violência” contra a violência, por exigência identitária.\",\"PeriodicalId\":53827,\"journal\":{\"name\":\"Perspectiva Teologica\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.3000,\"publicationDate\":\"2020-12-20\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Perspectiva Teologica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20911/21768757v52n3p775/2020\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"RELIGION\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Perspectiva Teologica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20911/21768757v52n3p775/2020","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
HOSPITALIDADE E RELIGIÃO NÓMADA: IDENTIDADE PARA ALÉM DA VIOLÊNCIA
Partindo de uma noção fechada de identidade, seja pela sua redução territorial seja pela sua redução cultural ou mesmo individual, que poderia encontrar apoio numa concepção de religião como posse exclusiva da referência a um único Deus verdadeiro ou como processo sacrificial, chegar-se-á a uma relação inevitável entre religião e violência. Propõe-se aqui um outro princípio, inspirado em Paul Ricoeur, Jacques Derrida, Jan Patocka e Emmanuel Levinas, que explora a dimensão excessiva e gratuita do religioso, interpretado como responsabilidade e com aplicação concreta no dinamismo da hospitalidade incondicional. Isso origina identidades religiosas nómadas, as quais estariam, em princípio, imunes à possibilidade de violência, a não ser que se trate de uma “violência” contra a violência, por exigência identitária.